
Luís Félix teve a ideia de reaproveitar velhas peças das máquinas de lavar e de as transformar em novas peças utilitárias para a casa
Para ocupar o tempo, durante o confinamento, Luís Félix decidiu criar novos objetos para casa, reaproveitando velhas peças sem utilidade. Peças de velhas máquinas foram reaproveitadas para criar novos peças, primeiro para a sua casa, que fica no Vau (Óbidos), depois para os lares dos seus amigos e, hoje em dia, para as habitações dos clientes.
O autor dá nova vida a tambores de inox das máquinas de lavar roupa, reaproveitando-os para serem utilizadas como originais candeeiros, mesas de apoio, suspensões e também braseiras.
A ecosustentabilidade é algo que faz parte do seu ADN e, por isso, este autor criou, no final de 2020, a marca Oficina 8 onde cria as peças únicas, totalmente feitas e decoradas à mão, sob o lema “nada se perde, tudo se reaproveita”.
Os tambores são agora utilizados para duas temáticas distintas – a Luz e Fogo -, dado que o autor tem para oferecer uma coleção de candeeiros e outra de braseiras.
As peças podem integrar características de personalização e de exclusividade e, dependendo do restauro, podem ser (re)utilizados em ambientes interiores ou exteriores. Os candeeiros têm pés em madeira e as braseiras possuem apoios em inox.
Luís Félix sente a necessidade de materializar e contar histórias sobre as nova obras pois é ele que recolhe, trata, armazena as peças que ficam na Oficina 8 a aguardar por uma nova vida.
Minimizar desperdícios
Os tambores das antigas máquinas são encontrados nas reciclagens da região. “A sustentabilidade é a base deste projeto, pois pretende-se minimizar os desperdícios dos recursos cada vez que é criado um novo produto”, contou Luís Félix, que reveste os fios elétricos a tecido e cada cor de fio corresponde à cor do tambor.
A Oficina 8 faz vendas online e também vende numa loja na vila de Óbidos, a “Gente Gira bebe Ginja”, pois tem estas peças em exposição e à venda.
O trabalho tem permitido a Luís Félix “ter uma nova visão sobre os objetos”. Das suas mãos surgem, agora, objetos com um novo conceito de iluminação, de calor e do fogo. De resto, estas peças recicladas têm sido um sucesso e não apenas entre os seus amigos e conhecidos do Oeste. Os seus candeeiros e braseiras já chegam a todo o território e têm sido também adquiridos por clientes estrangeiros que valorizam a reciclagem dos materiais.
Segundo Luís Félix, estas peças, nascidas do desperdício e em fim de vida, pretendem “levar uma infinitude de boa energia a todos os clientes e amigos”, também nesta quadra natalícia. ■