“Continuar a fazer melhor” foi o tema da acção para voluntários, desenvolvida pela Liga de Amigos do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha nos dias 7 e 8 de Maio, no auditório municipal.
A acção teve como principais destinatários os 33 novos voluntários que entram agora ao serviço, mas também para os mais antigos, que assim fazem a reciclagem dos seus conhecimentos. O grupo, coordenado por Amélia Reis, é composto por homens e mulheres, dos 17 aos 92 anos, que fazem questão de dar o seu tempo aos doentes daquele hospital. “Não temos falta de voluntários, pelo contrário”, adiantou a coordenadora.
A formação consistiu em teoria e prática, tendo tido início no dia 7 com uma alocução sobre noções fundamentais de boas práticas hospitalares, nomeadamente de higiene hospitalar e de alimentação dos doentes. “É algo com que os voluntários têm que ter muito cuidado”, referiu Amélia Reis.
Durante a tarde, os enfermeiros-chefe do hospital apresentaram a forma de funcionamento de cada um dos seus serviços, de modo a ajudar os voluntários a movimentarem-se da melhor forma quando estiverem em funções.
O dia 8 foi dedicado a uma sessão sobre “Voluntariado e Humanização”, seguindo-se a análise ao Manual do Voluntário e terminando com um espaço de reflexão entre todos os participantes.
O trabalho dos voluntários no hospital das Caldas começa todos os dias bem cedo, com o apoio aos utentes que chegam para as consultas ou para fazer análises e exames. Às 10h00 é servido o chá da manhã, acompanhados por bolachas. À hora de almoço ajudam a servir as refeições e depois dão apoio às consultas das tardes, sendo também servido um pequeno lanche.
Em alguns dias da semana, os voluntários fazem distribuição de revistas mais recentes nas salas de esperas e nos quartos onde estão pessoas internadas. Há ainda uma equipa que faz visitas aos doentes mais sozinhos e serviço de cabeleireiro no internamento de Cirurgia e Maternidade.
A Liga de Amigos tem sido também importante para o Hospital das Caldas ao nível da aquisição de equipamento necessário, sendo responsável por compras no valor de centenas de milhares de euros. Para além de angariarem fundos através de actividades, recebem contribuições de particulares que preferem manter-se no anonimato.
Na sessão de abertura da acção de formação, Carlos Sá, presidente do CHO, salientou o trabalho que é feito por estes voluntários, dizendo que são tão importantes como os outros colaboradores (dos enfermeiros aos médicos). “Isto porque tão importante como tratar clinicamente as pessoas, é importante também apoiá-las psicologicamente. Como nem sempre nós o conseguimos fazer, esse é o vosso papel”, justificou.