A semana do Zé Povinho

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O Fado de Lisboa foi considerado Património Imaterial da
Humanidade da UNESCO, numa reunião do VI Comité Intergovernamental da Organização da Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, realizada no passado fim-de-semana em Bali, na Indonésia.

Esta distinção universal, que coloca o Fado no mesmo pedestal do Flamengo, do Tango e do Mariachi (música tradicional mexicana), vai dar à canção típica portuguesa um maior relevo no contexto internacional.

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Zé Povinho saúda aquela organização internacional, que com a sua escolha vem contrariar as mais recentes avaliações de organismos internacionais em relação a Portugal. Nos últimos tempos as notícias vindas de fora sobre Portugal eram só de descida no ratings, até chegar ao nível lixo.

Felizmente que a UNESCO não seguiu as tendências e distinguiu a canção portuguesa, que vencida a controvérsia depois da queda do anterior regime, quase que unificou no fado o consenso nacional.

Caldas da Rainha, apesar de não ter muita tradição no fado (nesse aspecto Lisboa e Coimbra dão cartas), orgulha-se de ter no seu património marialva e castiço o famoso Fado das Caldas, dedicado à própria cidade, da autoria de um dos mais conceituados compositores portugueses.

Por tudo isto Zé Povinho destaca o papel desempenhado por toda a família fadista nesta candidatura, e especialmente o seu grande animador, o musicólogo Rui Vieira Nery.

notícias das CaldasA Assembleia da República esteve a votar nos últimos dias o Orçamento Geral do Estado para 2012, e como vinha sendo anunciado, vai penalizar duramente todos os portugueses, mesmo em áreas em que o mínimo senso não aconselharia tal coisa.

Como se não bastassem os drásticos cortes dos subsídios de férias e de Natal para os funcionários públicos e pensionistas (alguns destes como uma prenda mixuruca de última hora), e os prometidos não aumentos dos impostos, afinal estes vão cair duramente sobre todos os portugueses, bem como sobre os turistas estrangeiros de quem se espera até uma boa ajuda para Portugal sair do buraco em que caiu.

Mas o primeiro ministro, Dr. Passos Coelho, cometeu um erro fatal contra um dos sectores económicos do país que mais emprego cria em todo o território nacional e que vai penalizar irreversivelmente toda uma fileira em que Portugal tinha competitividade e que tinha potencial de crescimento.

Passar de 6% para 23% a taxa de IVA da restauração, num sector de alto valor acrescentado, que utiliza a maioria dos seus inputs de origem nacional, é uma decisão que só lembra a gente insensível e que deve pretender aumentar a fuga ao fisco.

Passos Coelho devia compreender isto, e tal como manteve o IVA do vinho à taxa de 13% para não desagradar aos produtores do precioso líquido, também importante para a economia portuguesa, vai obrigar que a água ou pão consumidos à mesa de um restaurante paguem 23%. Ainda se distinguisse a fiscalidade dos produtos em função da sua qualidade dietética… mas assim não.

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