Golos de Hugo Neto e Bernardo Rodrigues travaram o ímpeto inicial do Vila Velha de Ródão e abriram caminho para uma exibição segura e uma vitória robusta que chegou aos cinco golos.
estádio municipal de vila velha de ródão
Árbitro: André Pereira, AF Lisboa
Assistentes: João Cabral e Telmo Baptista
Vila velha ródão 0
Hugo; João Carrilho, João Martins (C), Zé-Tó e Salavessa; Delvany (Jadiel 45’) e Taborda; Xisto, Esteves (Pedro Amaro 59’) e André Silva (João Diogo 59’); Fernando
Não utilizados: Daniel Fernandes , Norberto, Duarte, Gonçalo
Treinador: Francisco Lopes
Caldas 5
Rui Oliveira [7]; Juvenal [7] (Marcelo [5] 77’), Militão [7] (C), Gaio [7] e Farinha [7]; Simões [7] e Karim Labdi [7] (André Santos [5] 66’); Januário [7], Pedro Faustino [7] e Bernardo Rodrigues [8] (Ruca [6] 65’); Hugo Neto [8]
Não utilizados: Luís Paulo, Paulo Inácio, Passuco, Ricardo Isabelinha
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-2
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Hugo Neto (22’ gp, 65’ gp e 83’), Bernardo Rodrigues (39’) e Ruca (80’)
Disciplina
Amarelo: Zé-Tó (24’), Simões (52’), Juvenal (60’)
O Caldas apadrinhava a estreia do Vila Velha de Ródão na Taça de Portugal e a data não ficou indiferente à equipa beirã. Antes do apito inicial a equipa da casa homenageou João Lourenço e Chico Lopes – antigo jogador e actual treinador -, pelo facto de ambos terem jogado pelos dois clubes.
Passando à acção, além da estreia na Taça de Portugal, o Vila Velha de Ródão estava também a fazer a sua estreia oficial na temporada e procurou surpreender.
A formação rodense apresenta-se com duas linhas defensivas bem definidas, com Bruno Taborda e Delvany muito próximos dos centrais para cortar o espaço de organização ofensiva do Caldas. Daí a ordem era para colocar a bola rapidamente na frente, onde ao irreverente Xisto se juntavam mais dois elementos de ataque e muitas vezes os laterais.
Apesar de sofrer alguns calafrios, o Caldas também se mostrava perigoso. Com os caminhos tapados pelo meio, a bola entrava com perigo pelas alas, envolvendo os laterais e movimentos interiores de Bernardo e Pedro Faustino.
No primeiro quarto de hora, ambos os guardiões foram obrigados a mostrar serviço. Hugo tirou um golo que parecia certo a Hugo Neto. Do outro lado, foi Xisto a obrigar Rui Oliveira a uma bela intervenção.
Mas a forma paciente com que o Caldas construía o seu jogo acabou por dar frutos, a meio da primeira parte. Bruno Taborda travou em falta Bernardo na grande área e levou Hugo Neto para a marca de 11 metros. A bola colocada ao ângulo abriu o marcador para os alvinegros.
A fechar a primeira parte, o segundo golo deu maior conforto ao Caldas. Canto cobrado ao primeiro poste por Pedro Faustino, desvio de calcanhar de Bernardo a fazer um golo de belo efeito. O médio criativo voltou a estar em destaque já na segunda parte ao cavar nova falta na área que resultou no terceiro golo. No lance, Bernardo bateu com a cabeça no chão e teve que abandonar o jogo.
O golo travou a tentativa de reação da equipa beirã, que ao intervalo trocou um médio por um avançado. Depois do terceiro golo, o Ródão continuou a batalhar para fazer pelo menos um golo, mas o Caldas foi sempre eficaz na defesa e no ataque, acabando por chegar à goleada nos 10 minutos finais. Ruca fez o quarto assistido por Marcelo. Hugo Neto fechou as contas na insistência de um canto.
Melhor do Caldas
Bernardo – 8
Começou a evidenciar-se ao fugir da sua posição no “papel” para aparecer entre linhas para criar desequilíbrios, acção que se revelou preponderante. Ganhou as duas grandes penalidades e fez com mestria e um toque de magia o segundo golo dos alvinegros, abrindo e cimentando o caminho para a vitória.
RUI OLIVEIRA, JOGADOR DO CALDAS
Um jogo especial
abíamos que eles iam entrar forte nos primeiros minutos e até fazermos um golo ia ser difícil. Fecharam-se bem e procuraram o espaço nas nossas costas e o jogo podia-se tornar complicado se não fizéssemos golo cedo. Fomos construindo a partir de trás, com paciência e bola no chão, fizemos dois golos e ao intervalo era um resultado ajustado. Na segunda parte eles tentaram pressionar mais alto, mas isso deu-nos espaço, conseguimos explorar a profundidade e com os golos o jogo foi ficando resolvido. É importante entrar bem nesta competição, agora é jogo a jogo.
Fiz no Caldas a maior parte da minha formação. Na época passada foi um ano de trabalho em que não tive a minha oportunidade, por diversas circunstâncias. Continuei a trabalhar e foi importante e gratificante jogar pelos seniores, foi um jogo especial para mim.
JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
Respeito e eficácia
O edicar esta vitória ao Gonçalo Penas, ao Tomás e à Susana, lamentamos a perda do seu familiar. Quanto ao jogo, o segredo da vitória foi respeitar o adversário. O Vila Velha de Ródão apresentou um futebol mais directo mas que cria dificuldades. Cometemos algumas faltas em excesso que lhes deram cantos e outras oportunidades. Tivemos eficácia, que foi fundamental para ir desnivelando o marcador. O resultado é justo mas o adversário merecia fazer um golo também. Sonhamos ir sempre o mais longe possível na Taça, enquanto cá andarmos vamos encarar a competição com humildade, com motivação. E quando cairmos que seja com dignidade e sabendo que fizemos tudo para continuar.
NDR: No CDR Vila Velha de Ródão ninguém se mostrou disponível para prestar declarações.