Utentes da CP exigem redução do preços dos passes

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Quinze dias depois de terem sido reduzidos os preços dos passes e assinaturas mensais nos transportes rodoviários na área dos doze concelhos da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OESTE-CIM), e nas ligações à Área Metropolitana de Lisboa e aos concelhos das Comunidades Intermunicipais de Leiria e da Lezíria do Tejo, os utentes da Linha do Oeste continuam a ser discriminados inaceitavelmente, num jogo em que a OESTE-CIM e a CP se responsabilizam mutuamente, pela ausência de acordo de redução do tarifário na ferrovia.
A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO), considera da maior importância a medida de redução dos passes nos transportes colectivos, pelo efeito positivo que a mesma tem no rendimento das famílias, designadamente daqueles que trabalham, mas também porque é um forte incentivo à utilização do transporte colectivo de passageiros e pela contribuição que pode dar para a defesa do Ambiente.
Daí que não se aceite que esta medida não tenha sido adoptada, em simultâneo, no transporte ferroviário e no transporte rodoviário, evidenciando-se no segundo caso uma grande facilidade na celebração do acordo com os operadores para concretizar o mais rápido possível a redução do tarifário, enquanto que no primeiro, as dificuldades a avaliar pelas declarações públicas de ambas as entidades, parecem começar logo no diálogo entre si.
Na verdade, o resultado final deste “jogo do empurra”atinge directamente os utentes da Linha do Oeste que continuam a pagar pela utilização do transporte ferroviário, muito mais que os utentes dos autocarros e atinge a própria Linha que ao invés de ganhar passageiros com a redução dos passes, tem assim mais um contributo para que a procura se reduza.
A CP, empresa pública, cujo Conselho de Administração deveria ter uma intervenção dinamizadora e dinâmica neste processo, para que atempadamente se chegasse a um acordo, não demonstra fazer o quer que seja para o mesmo se concretize e assim potencie o aumento de passageiros na Linha do Oeste.
Os Presidentes de Câmara que dirigem a OESTE-CIM e que em altura de eleições autárquicas se assumem como os primeiros defensores da Linha do Oeste, acabam por não o ser quando em momentos cruciais como este não demonstram a sua preocupação pelo que está a acontecer e a sua exigência para que a redução dos passes tivesse sido aplicada em simultâneo nos dois meios de transporte.
A CPDLO que reuniu no passado dia 4 de Abril, com o Secretário de Estado das Infraestruturas, manifestou a sua preocupação pelas informações que haviam sido transmitidas pela CIM-OESTE em conferência de imprensa três dias antes, nas Caldas da Rainha, em que admitiam a hipótese de não haver descontos, no presente ano, na Linha do Oeste.
O Secretário de Estado informou que o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) deu instruções à CP para estar aberta ao contacto das CIM, com vista à celebração de acordos como o da Área Metropolitana de Lisboa e adiantou que subsistindo as dificuldades, haverá nova intervenção do MIH. E esclareceu que compete às CIM a negociação dos acordos com os operadores, tendo em conta a delegação de competências e de fundos do Poder Central.
A CPDLO, perante o impasse que se verifica, perspectiva a realização de iniciativas que envolvam os utentes e todos aqueles que defendem a Linha do Oeste, para exigir, no imediato, a redução dos passes no transporte ferroviário, na área de influência da OESTE-CIM e nas ligações à AML e à CIM de Leiria e que serão oportunamente divulgadas.

Comissão para a Defesa da Linha do Oeste

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