A tecnologia dos automóveis é cada vez mais complexa, para tornar a condução mais simples e segura
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Há alguns anos que se fala de condução autónoma e de como vai mudar o panorama das estradas e o conceito de transporte. Agora a técnologia está mais próxima do que nunca, mas a sua implementação ainda depende de confiança e regulamentação. Fique a perceber um pouco do que vai mudar na legislação

“A funcionalidade está bem encaminhada para este ano. A aprovação regulamentar é um grande ponto de interrogação”.
Foi assim que Elon Musk, dono da norte-americana Tesla, respondeu no passado mês Abril a um internauta que o questionou através da rede social Twitter se o módulo de condução totalmente autónoma da marca estaria pronto ainda em 2020.
Musk tinha publicado, cerca de um ano antes, a vontade de lançar uma frota de milhares de taxis robot até ao final deste ano.
Um dos requisitos fundamentais para isso, além da tecnologia, é a possibilidade de utilização das novas baterias de estado sólido.
A Tesla parece estar, assim, mais próxima de “vencer” a corrida pela disponibilização de modelos de condução totalmente automática, na qual tem a concorrência de outros gigantes da tecnologia, incluindo a Apple e a Google, e os principais construtores mundiais.
No entanto, a disponibilização das viaturas não significa que estas possam circular imediatamente, como o próprio Elon Musk sugeriu. Esse passo está dependente dos legisladores de cada território. Actualmente, apenas em alguns espaços limitados estes carros sem condutor podem circular. Além disso, diversos acidentes envolvendo sistemas de condução autónoma ainda deixam consumidores e legisladores com uma postura defensiva.

O QUE VAI MUDAR?

Até que a legislação mude, como já se percebeu, nada vai ainda mudar. Mas quando receber luz verde dos governos, a Tesla pretende implementar um novo modelo de negócio. Com os robot taxis, a empresa não se direcciona para a venda, mas sim para o aluguer das viaturas para percursos maioritariamente curtos. O consumidor contrata a viagem, como faz actualmente com os táxis, ou os serviços da Uber, Cabify, entre outros.
No entanto, a automação também acabará por chegar aos automóveis comuns. Neste caso, a automação deve ser vista, acima de tudo, como mais um auxílio à condução e já está bem presente nos automóveis já em circulação.
De resto, a automação da condução não é algo novo, desde há décadas que os automóveis conseguem manter a mesma velocidade e possuem sensores que ajudam, por exemplo, nas travagens de emergência.
Actualmente a tecnologia está consideravelmente mais evoluída.
A condução autónoma tem diversos níveis, de 0 a 5. O zero corresponde a total ausência de automação, o cinco a total ausência de interferência humana.
Actualmente, os automóveis estão dotados principalmente dos níveis 1 e 2. Entre estes contamos com o cruise control adaptativo, que adapta a velocidade à do automóvel da frente, ou sistemas de apoio à travagem de urgência, que podem parar completamente o automóvel caso o condutor não reaja a um obstáculo. Alguns modelos de segmentos acessíveis também já utilizam apoio à manutenção na faixa de rodagem e estacionamento automático. Tirar uma sesta, ou acabar um trabalho no computador enquanto o seu automóvel o leva para casa, ainda vai demorar mais alguns anos.

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