José Ribeiro
Professor de Políticas Públicas
- Eleições autárquicas. À data deste artigo perduram dúvidas: Jorge Varela ou Hugo Oliveira pelo PSD? Naturalmente, e por todas as circunstâncias do poder interno no partido, que Hugo Oliveira só não será candidato se não quiser, a questão é quem o acompanhará nas principais freguesias e para a Assembleia Municipal (Fernando Costa “ocupou” este espaço e será difícil removê-lo). Vítor Marques já anunciou a sua recandidatura, mas a grande incógnita prende-se igualmente com a companhia, se na vereação poderá não haver razões para mudanças, o dilema está nas figuras “secundárias” do VM (cujas intervenções, por vezes desbragadas, têm embaraçado o Presidente) e nas freguesias urbanas, as quais lhe deram a inesperada vitória. Haverá discernimento e capacidade para avaliar a satisfação dos fregueses de Santo Onofre e Sr.ª do Pópulo? O seu bom nome bastará, como há 4 anos? Dos restantes atores, nada se sabe do PS, cujo estado e decisões permanecem em inescrutáveis limbos, afastado do concelho e fechado nos seus mecanismos e gestão interna (eis um arquétipo do funcionamento partidário que afasta as pessoas da política). O CDS poder-se- á associar a uma candidatura do PSD? O Chega será decisivo no futuro executivo? BE e CDU dificilmente conseguirão reaparecer, mas tradicionalmente apresentam propostas para o concelho nada despiciendas, tal como o CDS, democraticamente seria progressivo os detentores do poder adotar boas ideias alheias para proveito de todos;
2. Hospital do Oeste. Será corrigido o tremendo erro do governo anterior? Aos decisores de políticas públicas exige-se a defesa do bem comum e a gestão parcimonioso dos escassos recursos do estado. Por isto e por variadíssimos outros critérios, o Hospital só pode ser nas Caldas;
3. Linha do Oeste. Atrasos a perder de vista que hipotecam o desenvolvimento do concelho;
4. Os programas de inovação (vide artigo de 5 de setembro) são cruciais, os candidatos autárquicos têm equipas a pensá-los?
5. Desenvolvimento urbano sustentável. As ações integradas de desenvolvimento urbano quer para a coesão territorial, para a mobilidade, ou para o crescimento do concelho, deverão constituir-se enquanto pilares da ação política, em rede com outros municípios, tendo as CIM um papel fundamental, algumas das palavras-chave: cooperação; descarbonização; economia circular; inclusão; avaliação de boas práticas (há tantas por esse mundo fora);
6. O futuro. Voltará o nosso concelho a reconquistar a centralidade perdida? Deixaremos as partilhas nostálgicas das Caldas de antanho para termos o futuro que uma cidade termal, histórica e culturalmente ímpar, merece? ■