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Zé Povinho está deveras sensibilizado com a dedicação ao próximo que Celeste Almeida e Carla Brás mostraram ter ao disponibilizarem-se para ir para um lar tratar de idosos, todos infetados com covid-19. A história de coragem destas duas mulheres de armas é contada nesta edição da Gazeta e ganha ainda maior relevância, porque o gesto que tiveram aconteceu na véspera e dia de Natal, momento em que todos querem estar com as suas famílias e lá permaneceram até ao início do novo ano, parte desse tempo sozinhas, numa instituição que não era a delas e a cuidar de todos os utentes. Estas são duas mulheres de M grande, que honram os compromissos assumidos e que provavelmente nunca receberão uma medalha pelos serviços prestados, mas a quem Zé Povinho agradece o trabalho e espírito de missão em favor do seu semelhante. Felizmente, há mais exemplos de abnegação, mas, desta vez, são estas mulheres a merecer o louvor. ■

De quando em vez, Cavaco Silva regressa ao espaço mediático, quase sempre para, como bom professor que foi, puxar as orelhas aos políticos. Esta semana, o homem que geriu os destinos do país como primeiro-ministro durante dez anos e esteve mais uma década no Palácio de Belém, veio a público alertar para o que considerava ser um país com uma democracia “amordaçada”. Se as críticas à atuação do governo são legítimas a qualquer cidadão, o tom utilizado devia merecer maiores cuidados e até a expressão foi infeliz, fazendo lembrar um célebre livro de Mário Soares… Porém, o político que se tornou líder do PSD após ter ido fazer a rodagem do carro à Figueira da Foz, fez pior na terça-feira, ao não esperar para cumprimentar o professor Marcelo na tomada de posse. É caso para dizer: não havia necessidade. ■