Em 2016, a Gazeta das Caldas organizou uma exposição dedicada ao seu nonagésimo aniversário, intitulada “90 anos, 90 capas contam a História”, que se realizou na Casa do Barcos, do nosso magnífico Parque D. Carlos I.
Lembro-me bem de a ter visitado com bastante interesse e de, numa das edições exposta e bastante antiga (a memória não me permite identificar o ano), se dedicar à Linha do Oeste e aos seus “problemas”. Comentei com quem me acompanhava: “As nossas preocupações vêm de longe…”
No passado dia 24 de julho, a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste organizou mais uma vigília, reclamando, de novo, o seu justíssimo caderno reivindicativo de modernização desta linha ferroviária.
A modernização da Linha do Oeste, através da sua eletrificação, é um projeto estratégico e fundamental para as Caldas da Rainha e para toda a Região Oeste e de Leiria, justamente reivindicada por toda esta população abrangida, que tem direito a usufruir de um meio de transporte que possa ser chamado do século XXI.
Foram dados passos fundamentais pelo anterior Governo do Partido Socialista, inscrevendo a modernização da Linha do Oeste como prioridade, permitindo a sua modernização e, assim, oferecer às populações abrangidas um transporte de qualidade, rápido e ambientalmente responsável, que permita garantir as diferentes necessidades de mobilidade que se impõem nos dias de hoje e que serão essenciais para dar resposta a todas e a todos os que circulam com frequência na nossa região, seja por motivos profissionais, seja para visitar as magnificas atrações turísticas que a nossa região tem para oferecer.
Sabemos, hoje, que o comboio é, sem dúvida, um meio de transporte seguro e que a sua utilização, por oposição aos transportes rodoviários, trás, para o ambiente, benefícios assinaláveis, contribuindo também para a redução das emissões de gases de efeito de estufa e, deste modo, para nos aproximarmos da meta que nos impusemos alcançar em 2050: a neutralidade carbónica.
Apesar de já ter sido adjudicada, em Março, a empreitada de Modernização da Linha do Oeste no troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, a obra ainda não começou. Tarda em ser lançado, também, o concurso que permitirá a realização da obra entre Torres Vedras e Caldas da Rainha. O lançamento deste concurso já esteve, por diversas vezes, previsto e tem sido sistematicamente adiado. Foi por esse motivo, que, no dia em que escrevo este artigo para a Gazeta das Caldas, enviei, de novo, mais uma questão ao Senhor Ministro das Infraestruturas e Habitação para que possa, de forma derradeira, anunciar não só o início das obras no troço de Meleças-Torres Vedras, bem como lançar o concurso da obra no troço Torres Vedras – Caldas da Rainha.
Aproveito esta nota final para desejar a todos os leitores da Gazeta das Caldas umas ótimas férias e esperar que, no fim deste período estival, possamos ver uma luz ao fundo do túnel da nossa Linha do Oeste, com o avanço da sua modernização.