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Este ano, embora de forma necessariamente simbólica, não deixámos de assinalar o dia homenageando a nossa fundadora, a Rainha D. Leonor.
Noutros anos, também neste dia, abriam-se, à população, as portas do Hospital Termal da nossa cidade, um património inestimável deixado pela nossa fundadora, que impregna o nosso ADN enquanto caldenses e que dá às Caldas da Rainha uma centralidade incontornável enquanto cidade prestadora de cuidados de saúde. Assim é há mais de 500 anos.
A 15 de Maio iniciava-se, pois, mais uma época de termas, o que atraia à nossa cidade milhares de pessoas todos os anos e promovia não só o sector termal, mas também era um fator decisivo para o desenvolvimento económico e social da nossa cidade.
Vicissitudes várias, incluindo a falta de visão e de investimento de vários governos (e aqui se incluem todos os partidos que já governaram) fizeram com o que o nosso Hospital Termal tivesse passado, nos últimos anos, por uma crise profunda.
A solução encontrada para o nosso Hospital Termal, único no mundo com estas características, não sendo a que a signatária desta coluna defendia e que o PS/Caldas preconizou na altura, abriu um caminho que, ainda assim, permitiu, através da concessão da administração central para o município, que o Hospital Termal pudesse, de novo, reabrir as suas portas e voltar a funcionar.
Em 2018, por iniciativa dos deputados do Grupo Parlamentar do PS, conseguiu-se, através de uma norma orçamental para o ano de 2019, repor a comparticipação dos tratamentos termais que havia sido retirada, em 2011, pelo então Ministro das Finanças Vítor Gaspar. Tratando-se de uma medida piloto, ficou de ser feita uma avaliação pelo Ministério da Saúde, mas não há dúvida que o impacto que teve no sector foi positivo, não só para o termalismo, que registou um aumento de utentes, como também para o SNS, tendo em conta os benefícios que os tratamentos termais trazem para a saúde dos utentes reduzindo assim os custos com outras prescrições.
Como não é ainda conhecida a tal avaliação, este ano a questão foi de novo suscitada e foi também aprovada mais uma alteração ao Orçamento de Estado, da iniciativa do Grupo Parlamentar do PS, no sentido deste benefício poder ser alargado ao ano de 2020, tendo a signatária desta coluna estado ativamente envolvida nesse processo.
Continuo ainda empenhada na defesa de uma iniciativa que possa consagrar a comparticipação de forma definitiva.
Por causa da pandemia da COVID-19, as termas viram as suas atividades encerradas, mas, agora que começamos a voltar à normalidade, também este setor tem que reabrir as suas portas, não só porque se trata da prestação de cuidados de saúde, como também, tendo em conta a sua vocação, estarão reunidas as condições para que todos os requisitos sanitários estejam garantidos. Foi nesse sentido que, em conjunto com outros deputados do Grupo Parlamentar do PS oriundos de regiões com Termas, questionei o Governo no passado dia 19.
Esperamos em breve poder voltar a abrir o nosso Hospital Termal.

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