O professor Rui Correia, docente da EBI Sto. Onofre, foi distinguido no início da semana com o prémio nacional Global Teacher Prize Portugal, atribuído para realçar “a importância do papel dos professores no desenvolvimento da educação e do país”, tal como para “partilhar boas práticas” e “promover um debate construtivo sobre o futuro da educação”.
É a segunda vez que o país se apresenta a este concurso internacional, cuja fase nacional terminou agora, com a escolha do professor das Caldas da Rainha, que levou para o concurso as metodologias que usa para motivar a atenção dos seus estudantes.
O júri nacional soube reconhecer o esforço que ele desenvolve para lutar contra o seu “grande adversário, que é o aluno que sente que não tem de saber coisas”, razão pela qual lhe inculca essa vontade para lhes conquistar os “ciclos de atenção” a fim de manter o interesse e a atenção durante a maior parte da aula.
Zé Povinho gostou de ver o professor Rui Correia a receber esta distinção e a comover-se dando aos seus alunos a principal razão do seu prémio.
Ao contrário da direita espanhola, herdeira do fascismo franquista, a direita portuguesa é “filha” da revolução de Abril e não se revê no fascismo salazarista. Não é por acaso: em Espanha ocorreu uma transição negociada da ditadura para a democracia e em Portugal houve uma ruptura através de uma revolução.
O partido mais à direita do espectro partidário português – o CDS/PP – é um partido intrinsecamente democrático, respeitador da Constituição e do Estado de Direito e perfeitamente integrado no sistema parlamentar. Assim o fossem todos os partidos mais à direita em toda a União Europeia.
Vem isto a propósito da triste figura que o jovem deputado municipal do CDS/PP, Duarte Nuno, fez na última Assembleia Municipal acerca de uma saudação ao 25 de Abril e ao 1º de Maio. Em sua opinião, não houve Fascismo em Portugal, mas tão só uma ditadura de direita, pelo que recusou aprovar um documento onde constava que a revolução pôs fim “à ditadura fascista do Estado Novo”. Mais: Duarte Nuno até viu na proposta do BE – pasme-se! – um “manifesto político”! A quem se lhe ocorre fazer política numa Assembleia Municipal…?!
Zé Povinho até poderia encarar esta tirada do jovem deputado como uma boutade, consequência do seu espírito irreverente, não fosse no seu partido haver alguém ao mais alto nível que resolveu afirmar que o Vox em Espanha não é um partido de extrema-direita, apesar do seu programa anti-imigração, xenófobo e contra a igualdade do género, razão pela qual não foi aceite no Partido Popular Europeu.
Pelos vistos Duarte Nuno resolveu seguir as pisadas do seu chefe Nuno Melo nesta perigosa deriva do CDS/PP para terrenos pantanosos, populistas e anti-democráticos. Fica-lhe mal. As fotocópias são sempre piores do que os originais.