O professor Luís Sá Lopes é daqueles cidadãos que consegue partilhar simultaneamente e sem mácula, a sua terra de origem (Viana do Castelo) com a sua terra de adopção (Caldas da Rainha) há quase cinquenta anos.
Quando veio dar aulas para a Escola Bordalo Pinheiro, na época Industrial e Comercial das Caldas da Rainha, nos idos anos 60, era um jovem professor bem considerado pelos seus alunos com quem partilhava as lições de Matemática e outras matérias das áreas da electricidade e da mecânica.
Partilhou ainda alguns anos a tarefa de professor com a conclusão da sua formação na Universidade de Coimbra, para onde ia regularmente na sua Dianne, num esforço denodado e que era admirado por todos: colegas e alunos.
Depois fez toda a sua carreira na mesma escola, até ser eleito para a direcção onde permaneceu longos anos, numa magistratura de consenso e de permanente diálogo com todos, e em especial com os alunos.
Depois, dada as funções que desempenhava como eleito autárquico, esteve ligado à criação de uma nova escola, de carácter profissional – a ETEO -, desempenhando seguidamente a sua direcção pedagógica e onde permanece mais de um quarto de século depois.
Caldas da Rainha teve ao longo dos últimos 130 anos, depois de ter sido criada a primeira escola profissional – a Aula de Desenho quando Bordalo Pinheiro veio para as Caldas da rainha em 1884 – um conjunto de professores que marcaram a vida dos alunos. O professor Sá Lopes é um deles, que se distinguiu no último meio século. Zé Povinho saúda-o e deseja-lhe saúde e ainda muitas caçadas, desporto que ele bem gosta.
O dirigente centrista Dr. Nuno Melo está ligado às Caldas da Rainha por laços afectivos e é onde vem com alguma frequência, especialmente nas épocas festivas, para visitar a família da sua mulher.
O CDS de raiz queria apoiá-lo para líder, na sequência do abandono – desta vez mesmo irrevogável – do seu anterior líder, Dr. Paulo Portas, que ocupou e formatou o lugar nas quase últimas duas décadas.
Provavelmente as gentes centristas do distrito de Leiria não mantinham o Dr. Nuno Melo em grande sintonia, até porque nos últimos anos habituaram-se ao convívio e à partilha de experiências, com a principal figura do partido pelo círculo de Leiria, Assunção Cristas.
Mas o Dr. Nuno Melo, eurodeputado em Bruxelas e Strasburgo, também tinha todas as razões para não passar de cavalo para burro e ter de perorar os próximos anos na oposição aquilo a que chamaram de “geringonça”, mas que parece estar a funcionar melhor que o último governo da coligação que durou apenas um mês. Ainda para mais quando tinha de abandonar o principesco estatuto de deputado europeu e passar a líder da oposição sem palco institucional que lhe servisse.
Os caldenses continuam a não acertar com os políticos com alguma ligação à terra, geralmente pela via feminina, como aconteceu com o Dr. António José Seguro, que também não chegou ao desejado posto cimeiro no governo.
Zé Povinho não pretende desmerecer o Dr. Nuno Melo, mas acha que mesmo assim ele mostrou não querer sair da sua zona de conforto, neste caso no estrangeiro, para vir para a santa terrinha bater-se com os novos ocupantes do poder.