Águia-pesqueira (Pandion haliaetus)

0
1714
- publicidade -
Gazeta das Caldas
| D.R.

Observar uma Águia-pesqueira a pescar é um privilégio que a natureza nos oferece de cortar a respiração. Esta maravilhosa ave é vista muitas vezes junto da Escola de Vela da Lagoa, em voos pairados e quando avista uma presa, mergulha num voo picado entrando na água com as garras esticadas para apanhar a presa, sai da água com movimentos de asa enérgicos, por vezes com a presa segura apenas com uma garra, uma vez em voo, de modo a garantir menor resistência ao avanço, vira a cabeça do peixe para a frente aproveitando a aerodinâmica.
É uma migradora invernante rara ou pouco comum, costuma chegar à Lagoa em finais de setembro permanecendo até meados de março.
Guincho, Mugeiro, Pilha-peixe e Rabanho-branco, são nomes vernáculos porque é conhecida esta espécie.
Há registos que nidificou em Portugal até 1960, chegou a ser abundante na costa conhecida popularmente como “Guincho”, deu origem a alguns topónimos que se mantêm até hoje, (como por exemplo, a praia do Guincho, Cascais).
Atualmente graças a um projeto de reintrodução da espécie desenvolvido pelo CIBIO-InBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, voltou
a nidificar no Alentejo, na barragem do Alqueva, com a construção de ninhos artificiais.
Já fotografei na Lagoa no braço da Barrosa, uma fêmea anilhada na Escócia, que tem vindo com frequência.
No ultimo Censos nacional que se realizou em janeiro do corrente ano, foram observadas 200 aves, em Portugal, na Lagoa de Óbidos foi observado um individuo e no Paul de Tornada, foi observado outro pelo fotógrafo caldense Zé Caldinhas.

João Edgar
sarabuga@gmail.com

- publicidade -