As iluminações e a animação de Natal continuam a ser uma aposta ganha nas Caldas da Rainha. As nossas ruas ficam mais festivas, mais alegres e, por isso mesmo, mais convidativas para que as pessoas saiam de casa e caminhem pela cidade. É bom para o comércio, para os restaurantes e, principalmente, é bom para os caldenses que ganham alento para se prepararem para um Ano Novo que se aproxima e que se anuncia cheio de oportunidades.
A época natalícia serve também para levantar o espírito às pessoas e fazer-nos acreditar que o futuro pode ser melhor. Não quero com isto dizer (como muitos políticos agora parecem acreditar) que o importante é as pessoas andarem contentes e iludidas e que, assim, não se deve pensar em poupar alguns dos recursos do país nem acautelar o futuro. Não sou daqueles que acredita cegamente que o governo anterior já nos retirou definitivamente da crise e que o atual governo já pode gastar à vara larga.
Nas Caldas, no entanto, podemos encarar o futuro com mais confiança… e as iluminações de Natal também ajudam a isso. Basta ver o número de caldenses (e de turistas que nos visitam) que diariamente enchem os passeios em redor da Árvore de Natal para tirar fotografias. O facto de ser a maior do país certamente ajudou a esta autêntica romaria. É bonito ver as pessoas a entrarem cautelosamente dentro da Árvore e ficarem maravilhadas a olhar para cima. Os caldenses aglomeram-se debaixo da Árvore de Natal como que esperando encontrar as prendas que receberão para usufruírem durante o ano de 2017.
E que prendas gostariam os caldenses de receber?
A mais aguardada, até pelo simbolismo que tem para a nossa cidade, é a reabertura do Hospital Termal. De que vale termos o Hospital Termal mais antigo do mundo, se o mesmo não estiver em funcionamento?
Já agora, no mesmo embrulho do Hospital termal, seria bom para os caldenses encontrarem uma solução para os Pavilhões do Parque. Será que 2017 nos trará o Hotel Termal?
Ainda no campo da saúde, está na hora dos caldenses que vivem do lado de lá da linha (ou do lado de cá, conforme a perspetiva) passarem a ter o seu Centro de Saúde. Será que chega em 2017?
E por falar em linha… será no próximo ano que passaremos a ver a luz do comboio a sair do túnel (ao fundo do túnel já a vemos há alguns anos) na tão desejada revitalização da Linha do Oeste?
É muito importante não esquecer que as Caldas da Rainha não se esgota na cidade. Todos os caldenses que não vivem na cidade merecem ter, pelo menos, as estradas arranjadas. O embelezamento da cidade não se pode fazer à custa das freguesias. Haverá alcatrão entre as prendinhas?
E quanto à Lagoa de Óbidos… poderão os caldenses encontrar numa prenda uma solução mais definitiva para o seu assoreamento?
Já os caldenses adeptos de desporto esperam encontrar debaixo da Árvore títulos para as equipas caldenses. Já temos uma equipa na primeira divisão. Será que em 2017 veremos outras modalidades a juntarem-se ao voleibol?
Boa gente como são os caldenses, muitos esperam apenas encontrar, entre as prendas, uma atitude mais humanista para os refugiados que conseguirmos acolher no nosso concelho. Saberemos todos nós proporcionar-lhes, em especial às crianças, um ambiente de Paz que os faça esquecer o horror das guerras donde fogem?
Por fim, uma prenda que seria a cereja no cimo do bolo. Não depende da nossa autarquia mas se não tentarmos é que, certamente, não conseguimos. Seria tão bom encontrarmos debaixo da Árvore de Natal uma prenda com o símbolo da Tesla Motors. Se decidirem abrir a sua mega fábrica em Portugal, porque não o fazerem nas Caldas?