Filipe Mateus
inspetor, professor convidado do ensino superior, formador
Nestes meses de julho e agosto, com as férias para a grande maioria das pessoas, existem diversos cartazes com inúmeras festividades locais que decorrem na região oestina. A oferta festivaleira é abundante e algumas datas concorrenciais entre localidades e concelhos.
Neste caso podemos destacar, entre outras, no concelho de Óbidos o Mercado Medieval (11 dias) que comporta todos os anos a visita de inúmeros visitantes.
No concelho de Alcobaça, realiza-se as festas de São Bernardo (5 dias), onde se pode contemplar a maçã de Alcobaça, a gastronomia, a música, e em simultâneo um festival equestre.
No início do mês de agosto, acontecem as festas de Peniche e em quase simultâneo as de Ferrel. Este último evento constitui um marco musical no panorama oestino para os mais jovens e que preenche o espetro veraneante do concelho de Peniche.
No concelho do Bombarral realiza-se em simultâneo o Festival do Vinho Português e a Feira Nacional da Pera Rocha (6 dias), certames que contam já com algumas décadas de existência, onde é potenciado 2 produtos que tanto orgulha a região oestina: o vinho e a pera rocha, abrilhantado com a presença de artistas musicais ao longo das noites do evento.
No concelho de Caldas da Rainha, temos o festival FozBeats, (4 dias) de música na praia da Foz do Arelho, as tasquinhas na Expoeste (11 dias) e a Feira dos Frutos (5 dias), sem esquecer as diversas festas das aldeias de carater mais popular, onde ocorrem as festividades.
Contudo, mesmo em tempo de festa, e sem pôr em causa a realização destes eventos, é relevante saber o impacto económico das festividades elencadas neste artigo para as diferentes localidades e autarquias (principal financiador destes certames) em termos de gastos e rendimentos.
No caso concreto do concelho das Caldas da Rainha, tendo em conta, a realização num espaço de mês e meio de 3 eventos de alguma dimensão, é importante saber o plano de negócio destes eventos, tendo em conta, ao que parece, as contas menos desafogadas da autarquia, onde contemple os gastos e rendimentos e o impacto económico gerado para o concelho e para a economia local. Após a realização dos mesmos, a autarquia deveria dar nota sobre as contas finais destes certames. Poderá ser um exercício de alguma complexidade, mas importante para conhecimento dos munícipes. ■