As redes sociais, escolas e hospitais

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Falando de Hospitais, nas redes sociais gasparina-se! Por vezes gasparinam-se reflexões maduras outras vezes ódios e rancores a destempo.
Nas varandas do facebook penduram-se lençóis do passado, com cheiro a naftalina.
Também há nobres comentários, por vezes longos e chatos, outras vezes irritantemente angelicais.
O Bandarra de Trancoso lança profecias e sementes de sebastianismo, esquecendo subtilmente alguns factos do passado.
Os cuidados hospitalares e o Termalismo saem dilacerados das conversas, enquanto os refogados se preparam nos gabinetes, cozinhando soluções destemperadas, insonsas, enfeitadas com Inatel. E quando for empratada a caldeirada os pobres águas-mornas vão olhar para a mesa com a satisfação de quem consome farturas e churros na noite de 14 de Maio.
Enquanto isso a comissão dos Juntos vai servindo um queijo curado, já menos amanteigado, um feijão-frade de duas caras com falta de salsa e azeite – até o café nicola traz pouco aroma, e assim esta vida não chega a netos.
Ainda no Face, a Escola Publica é analisada filosoficamente, com juanina teimosia e com masculina prudência. Mas cá fora é tratada com meias tintas e veigamente abandonada.
Ainda assim, contrariadamente, cedem-se espaços onde Santanas (que não os Lopes) põem os pontos nos ii sem papas na língua, chamando os bois, ou melhor, os  palhaços, pelos nomes, enquanto outros desajeitadamente se auto-elogiam e, outros ainda, fazem exercícios de malabarismo, procurando equilíbrios que não sabem ter, apenas para não perder votos.
Mas não conseguem deixar de se perder na estacaria da escola privada…
Com os dinheiros públicos como pano de fundo (ou de mesa) as cartas viciadas baralham o jogo da vida,  deixando, por vezes, desamparados os verdadeiros mestres do saber e da pedagogia.
Vou ali já venho…

Leonor Tornada

leonor.tornada@gmail.com

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