Com pouco esforço próprio Caldas da Rainha poderá beneficiar porque possui um verdadeiro gérmen de um potencial cultural, desconhecido em muitos casos, resultante de uma genuína captação de produtores culturais nacionais e internacionais para beneficiarem e partilharem do “clima criativo” existente. Provavelmente, não é sensível à vista da maioria esse gérmen, que resulta da existência na região de condições naturais (geográficas, climatéricas, de localização, etc) e reais (infraestruturas, comércio, alguma mão de obra qualificada, mercado), que tornam o Oeste, apesar das diferenças, uma região com atrativos para produtores culturais mais sofisticados que a podem comparar, apesar de algumas diferenças substanciais, com regiões do mundo também elas de grande capacidade criativa. É evidente que alguns dos défices locais são compensados com os custos menos elevados aqui praticados, em relação às localizações mais avançadas económica e tecnologicamente.
Não admira que se assista na cidade e na região à abertura crescente de espaços culturais de iniciativa privada, como o nosso jornal tem observado frequentemente nas suas colunas, o que representa um dinamismo assinalável no tocante à inserção vantajosa destes produtores culturais, que podem contribuir para a existência de cluster cultural e criativo.
Provavelmente, vários destes operadores não precisam dos apoios institucionais, preferindo que os deixem operar sem constrangimentos, mas certamente que se beneficiaria se o fenómeno fosse assinalado e referenciado, nem que fosse com mera indicação das localizações na sinalética urbana. ■