O meu pai (Augusto Coutinho), como já devem de saber, foi encontrado morto pelo meu irmão (filho), de manhã, por volta das 9h30, já se encontrando morto há algumas horas.
Morreu quando ia tentar salvar um cãozinho acorrentado ao lado de sua casa.
Quando o meu irmão (a quem a minha mãe telefonou a pedir para procurar o meu pai), o viu morto chamou o INEM, que nem no meu pai mexeu. Aliás pediu ao meu irmão que mexesse no corpo, para verificar se efectivamente estava rígido/cadáver…
A polícia chegou, ficou até às 12h30, sensivelmente.
Um elemento da PJ tirou algumas fotografias do meu pai, na posição em que estava (caído sobre os joelhos, para a frente), sem sequer se ver o rosto.
Ora, através, ou das fotos, ou (ainda não tenho a certeza) de um telefonema para a PSP, a Sra. Delegada de Saúde, Maria João Melo Correia, concluiu que a morte do meu pai se devia a enfarte agudo do miocárdio… Ah, e também porque tomava o Inderal 10 e mais dois medicamentos, não tenho a certeza se, para o coração.
O meu pai era uma pessoa saudável, o que não implica que tomasse alguns medicamentos pois tinha 72 anos. Hoje em dia a maior parte de nós os toma, e não se deixa de mandar autopsiar se for encontrado na via publica morto…
O cadáver e a Certidão de Óbito, foram-nos “entregues” pela polícia as 12h45. Dali foi a aventura de ir a PSP pois havia que tomar providências para pedir autópsia e levar o cadáver.
Também quero salientar que incomodei imensamente o Sr. Chefe da PSP (Caldas da Rainha), ao pedir que falasse com a Delegada de Saúde a fim de conseguirmos pedir autópsia para podermos questionar a razão que ela determinara como sendo a causa da morte do meu pai.
Também sabemos que um Delegado de Saúde é pago para se deslocar a qualquer hora para averiguar este tipo de situações.
Porque considero que houve desleixo, leviandade, falta de respeito, etc. para com o que se passou, quero tornar pública esta situação.
Além de todas as razões que já referi acerca do mau comportamento por parte da Delegada de Saúde, há que acrescentar que o mesmo pode encobrir um crime, o que é extremamente grave.
Depois do sucedido, e devido à razão que a senhora referiu como causa da morte, obrigou-nos à família a ir ao Ministério Público fazer um requerimento a pedir autópsia, o que não foi logo evidente, pois havia uma Certidão que mencionava as razões já por mim referidas.
Mesmo que o resultado da autópsia esteja de acordo com a certidão de óbito, a atitude, tanto da Delegada de Saúde como da PSP, são na mesma muitíssimo graves.
Ana Cristina Coutinho
NR – Gazeta das Caldas contactou a PSP das Caldas da Rainha e a Delegação de Saúde local, a quem deu conhecimento desta carta, convidando ambas as entidades a responder. Mas não obteve nenhuma resposta.