O Corvo-marinho é das espécies mais conspícuas na lagoa de Óbidos, que mesmo um observador menos experiente, reconhece com facilidade, e onde é frequente serem observados bandos com dezenas ou mesmo centenas de indivíduos.
Este migrador de porte médio-grande, maior do que um Pato é também conhecido por Biguá ou Cormorão, designação vernácula (do Inglês Cormorant), que é aliás em Ornitologia a designação de diversas aves marinhas.
Vêem-se muitas vezes ao sol, de asas abertas, em cima dos postes de amarração ou das bateiras, afim de secarem as penas.
Esta espécie consome principalmente peixes que captura através de mergulhos a pequena ou média profundidade, e que nalguns casos duram alguns minutos, adoptam por vezes uma táctica de pesca em que vários indivíduos cercam um cardume, para assim serem mais eficazes e bem-sucedidos na captura de peixe, sendo a sua dieta composta por peixes como tainhas, linguados, enguias, e diversas espécies.
O corvo-marinho está na origem de conflitos com o Homem porque esta espécie é acusada pelos pescadores de causar um impacto negativo pela predação sobre espécies de peixes com valor comercial.
Ao contrário da China, os pescadores usam uma técnica de pesca milenar, onde a colaboração entre o homem e o animal, resulta benéfica para ambos. Deixo-vos aqui o link do youtube: youtu.be/cIwdcsISsbs, para verem.
Normalmente ao fim do dia é frequente fazerem movimentos dispersivos da lagoa para dormitórios habituais, como os dos campos de Salir e para o Paúl de Tornada, onde pernoitam.
Toda a informação aqui descrita, pode ser aprofundada na página www.avesdeportugal.info
Até para a semana.
João Edgar
sarabuga@gmail.com