Paulo Lemos
A ideia de celebrar o Dia Mundial do Ambiente foi aprovado na Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano de 1972, realizada em Estocolmo. Esta tornou-se a primeira grande conferência, a nível governamental, em que as questões ambientais foram abordadas. O Programa das Nações Unidas para o Ambiente também foi criado nesta conferência.
O objetivo deste dia é aumentar a consciencialização sobre as questões ambientais. Passados 51 anos desta Conferência, não podemos deixar de nos interrogar o que falhou no sistema de governação global dado que a situação ambiental do planeta está bem pior do que em 1972 (ver excelente artigo de Carlos Pimenta).
Apesar de todos os aviso e estudos científicos alertando para a necessidade de inverter o ritmo de extração de recursos (a humanidade, de acordo com a Global Footprint Network, para recuperar os recursos consumidos e absorver a poluição gerada num ano já consome 1.7 planetas) e as emissões de gases com efeito estufa, todos os anos somos confrontados com novos recordes em termos de emissões, de aumento de temperatura de produção de resíduos, de perda de biodiversidade, etc, etc.
Perante esta situação será fácil desesperar e pensar que não há nada que possamos fazer a nível individual. No entanto temos uma obrigação moral para com as próximas gerações de dar o nosso contributo para um planeta mais sustentável e evitar uma catástrofe global.
Este editorial serve também para agradecer à Gazeta das Caldas esta oportunidade e, sobretudo, o contributo que, ao longo de muitos anos, tem dado para uma região e um planeta mais saudável. Como o slogan diz “Pensar globalmente agir localmente”. ■