Oito equipas do escalão principal do futebol nacional foram afastadas da Taça de Portugal por conjuntos de escalões inferiores e o número só não foi ampliado porque o Benfica foi mais feliz nos penáltis na noite inesquecível vivida por mais de 5 mil adeptos, no passado sábado, no Campo da Mata. No entanto, apesar da desilusão final, ficou (mais) uma bela história para contar para quem a viveu e para ficar eternizada nas páginas da Gazeta.
A prestação do Caldas diante das águias teve o condão de colocar as coisas no devido lugar. O futebol move-se por interesses que não apenas a essência do desporto, pelo que a resposta que os pupilos de José Vala perante uma equipa avaliada em qualquer coisa como 260 milhões de euros (!) orgulhou, nas palavras do “speaker” de serviço no jogo, os caldenses e também muitos adeptos do desporto-rei que seguiram o jogo pela RTP1. Não é de espantar. Afinal, não é todos os dias que David vence Golias e, desta feita, só por manifesta infelicidade é que não houve mais um tomba-gigantes na prova-rainha do futebol português.
No entanto, o Caldas Sport Clube, os seus dirigentes, treinadores, jogadores, sócios e adeptos e também todos aqueles que ajudaram a criar condições para que o jogo se realizasse na Mata estão, claramente, de parabéns. Pelo exemplo que deram ao país e porque demonstraram, mais uma vez, que o Caldas, mesmo sem os mesmos argumentos, é tão grande como os grandes. Venham mais noites e tardes assim. Porque isto, sim, é a essência do desporto e do futebol em particular. E o Caldas mostrou que é tão grande como os grandes.