Esta é a Libânia. É a minha Mãe! Muitos de vocês conhecerão, outros não. Quem teve o privilégio de conviver com a minha Mãe reconhecerá que é alguém “fora de série”.
A minha Mãe teve um AVC muito grave há cerca de três anos. Todos pensámos que não sobreviveria. Mas como pessoa “fora de série” que é, deu a volta à situação e sobreviveu. A ajuda da equipa médica, dos amigos e familiares foi crucial. Doses infinitas de amor, de paciência, de carinho, de perseverança, de fé… A minha Mãe ficou praticamente dependente. O AVC roubou-lhe a fala, a autonomia… Mas não lhe tirou o carácter forte, a coragem, a força, a preocupação com o próximo. (…)
Tudo isto para chegar aqui, à FlorÓbidos! A FlorÓbidos foi um sonho da minha Mãe. Ela pretendia que o centro de jardinagem fosse muito mais que uma loja que vendesse plantas e acessórios de jardim. Por isso, há mais de 15 anos, criou na Quinta da Azenha, nas Caldas, um verdadeiro paraíso. As pessoas eram convidadas a visitar a FlorÓbidos para desfrutarem de um ambiente natural e relaxante com espaços dedicados apenas às crianças, jardins que convidavam à tertúlia e à introspeção, espaços para poderem ler, caminhar e admirar a beleza da Natureza.
A minha Mãe foi uma pessoa incompreendida. Acontece aos que pensam “fora da caixa”. Numa sociedade consumista como a nossa, como era possível existir uma empresária que se preocupasse em criar um espaço para a população convidando as pessoas a visitar a FlorÓbidos ainda que fosse apenas para passear, descontrair, brincar… (mesmo que não fizessem compras). (…) Chegados a este momento tão crítico de 2020, em que o mundo está em suspenso por causa da pandemia, é tempo de reconhecer o mérito, a ideia visionária da minha Mãe. Afinal, a FlorÓbidos é mesmo o paraíso que a minha mãe idealizou. É o espaço de que todos nós precisamos agora.
(…) A FlorÓbidos é uma quinta com alguns hectares, tem uma flora imensa (carvalhos, pinheiros, alfazemas, alecrins…), alguns jardins com relvados e flores, um parque infantil, uma fauna muito diversa (pirilampos, joaninhas, rãs, grilos…). Ali respira-se ar puro. É um local de paz e tranquilidade.
Como já referi, a minha Mãe não fala, mas tenho a certeza de que nesta época tão crítica que vivemos o que ela mais quererá é ajudar os outros proporcionando-lhes bem-estar, alegria, confiança. Assim, iremos abrir os portões do nosso paraíso às famílias com crianças que queiram correr, andar de bicicleta, brincar no baloiço e escorrega, aos grupos de amigos que queiram simplesmente deitar na relva e ficar a admirar o céu tentando adivinhar as figuras das nuvens, aqueles que queiram sentir o aroma perfumado das flores, aos que queiram fotografar, meditar, ouvir os pássaros ou apenas admirar a natureza assistindo ao seu despertar… mas sempre em segurança!
Vocês irão ficar felizes, a minha Mãe muito mais! A todos os interessados que queiram passar uma hora na Quinta da Azenha, deixo o meu e-mail (alexandra.fbaptista@gmail.com) para agendarmos essa visita. (…) Tenho a convicção que essa hora na FlorÓbidos será uma lufada de ar fresco nas vossas vidas e que certamente vos encherá de esperança, força e coragem para juntos ultrapassarmos esta fase tão difícil e inesperada que estamos a viver. É hora de repensarmos o mundo que desejamos para nós e para os nossos, tanto no modo como lidamos uns com os outros como na maneira como tratamos a natureza!
Alexandra Baptista