Mal despontam os primeiros alvores da manhã, são as primeiras aves aquáticas a fazerem-se ouvir, embora discretas e de hábitos um pouco secretivos, observam-se com relativa facilidade quer devido à sua distribuição em todo o território nacional, quer à diversidade de habitats em zonas húmidas, como sendo lagos, lagoas costeiras, pequenos açudes, ribeiras e valas com vegetação.
Também é conhecida pelos nomes de Franga-do-rio ou Rabia-coelha.
São residentes comuns na Lagoa de Óbidos, Poça do Vau e no Paul de Tornada.
Fazem os ninhos sobre a água na vegetação densa, sendo frequente fazerem duas ninhadas numa primavera, com posturas de 5 a 9 ovos.
Sendo omnívora a sua dieta é composta fundamentalmente por invertebrados aquáticos e plantas palustres.
É uma espécie que faz parte da lista cinegética sendo bastante caçada.
Por vivermos numa região privilegiada, devido ao facto de termos solos de muito boas aptidões agrícolas onde se pratica uma agricultura diversificada, criam as condições necessárias para a quantidade e diversidade espécies de aves, e obviamente propícia excelentes condições para a prática de observação de aves ou Birdwatching como é universalmente conhecida, e naturalmente, o aparecimento de alguns bons observadores, como é o caso dos amigos Pedro Ramalho, que considero um dos melhores observadores a nível nacional, pelos seus conhecimentos técnicos, destacando também o Helder Cardoso que é Guia na empresa Birds & Nature Tours Portugal.
O Birdwatching é uma actividade com milhares de praticantes em todo o mundo, sendo a França e o Reino Unido os países europeus com o maior numero de praticantes.
É frequente encontrarmos na nossa Lagoa ou no Paul de Tornada, observadores estrangeiros que nos visitam, sendo que alguns já são residentes aqui na região oeste.
Recentemente um estudo publicado por médicos do SNS Escocês ponderam e sugerem receitar aos seus doentes, a prática do Birdwatching como forma de combater o stress.
Os Franceses são um povo com enorme respeito e carinho pelas aves, porque, nos anos negros da fome e dos racionamentos das duas Grandes Guerras Mundiais, muitas pessoas sobreviveram, recorrendo às aves para se alimentarem.
João Edgar
sarabuga@gmail.com