Hábitos de consumo

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Cláudia Henriques
comerciante/empresária

Estamos numa época em que muito se fala dos hábitos de consumo. O Indivíduo na sua generalidade é composto por componentes biológicos que passam de geração em geração, mas também por um conjunto de experiências adquiridas ao longo da vida. Estas experiências são determinantes na forma como pensamos, como agimos, como nos relacionamos em sociedade e como estabelecemos os nossos hábitos de consumo.
Consciente ou inconscientemente somos constantemente influenciados pelos mais variadíssimos fatores que nos levam a formar hábitos, opiniões, costumes, e que inevitavelmente influenciam as nossas ações diárias. Mas são sem dúvida alguma, os nossos hábitos que orientam as preferências de compra e a forma como consumimos produtos e serviços.
Para nós, “empresas” ou “marcas”, não basta reconhecer as características do nosso público-alvo, é importantíssimo reconhecer também a existência de outras caraterísticas individuais, coletivas e até mesmo a situação económico/social em que vivemos. Em boa verdade tudo isto determina a forma como consumimos e como agimos perante uma situação de escolha.
Obviamente que nas grandes marcas/empresas/multinacionais o tratamento destes dados é levado ao limite. São feitas recolhas de dados, estudos exaustivos, analises aprofundadas que permitem um conhecimento exemplar dos hábitos de consumo.
No comércio tradicional as coisas são bem diferentes. Falando enquanto empresária, a não querermos perder oportunidades de conquistar e fidelizar os nossos clientes, teremos de saber, pelo menos, quais são os fatores que mais pesam na decisão de compra dos nossos clientes.
Sendo o comércio tradicional uma forma de compra/venda num ambiente de proximidade em que existe uma base sólida de confiança é possível na maioria das vezes notar os hábitos dos consumidores. Mesmo não sendo linear, através de uma relação de confiança e proximidade o cliente exprime os seus desejos, necessidades e angústias no ato da compra. Com alguns indicadores chave, é possível traçar estratégias de fidelização. Desta forma o grande desafio será perceber os hábitos de consumo dos potenciais clientes.
O comércio tradicional vai eternamente “combater” com outras ferramentas e com outras estratégias. A imaginação, a criatividade, a empatia, os relacionamentos mais próximos vão permitir conhecer muito melhor os hábitos de consumo dos potenciais clientes. ■