Israel acabou

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O povo é soberano, e a democracia a mais moral e benigna forma de organização da sociedade, e nesse sentido o fim de Israel não está nas nossas mãos, pois somos portugueses, e não nos compete decidir o futuro de outro povo. Não compete por essa lógica a Israel decidir o fim do povo palestiniano, perdão, da Palestina, pois se dissermos que Israel quer decidir, por seus meios, o fim de um povo, estaríamos a falar de genocídio ou limpeza étnica.

Retomando, certamente Israel não quer decidir o futuro da Palestina, pois isso compete aos palestinianos. E Israel nem pode estar a acabar, porque quem aparentemente está a acabar são os palestinianos, e por consequência a Palestina, mas certamente não por culpa dos tanques, canhões e balas israelitas, dos misseis americanos, muito menos por culpa dos contratos de cooperação de segurança Israel-Europa e Israel-Portugal.

Apenas dizemos que “Israel Acabou” porque lemos num livro da Alexandra Lucas Coelho esse mesmo título, e pela sua novidade, pelo plot twist, julgámos singelamente que se adequaria a este artigo, e copiámos. A mesma Alexandra, questionada sobre o futuro de Israel, numa apresentação nas Caldas da Rainha do seu livro “Gaza está em toda a parte”, contou a história de um dos seus amigos israelitas que, ao ver o fogo que queimava a sua cidade de Jerusalém ocupada, lhe dizia: “Deixa arder”.

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Já por outra parte, o Major Gen. Agostinho Costa comentava na televisão que Israel estava a deixar mal os seus aliados, Americanos e Europeus. Estes últimos se queixavam de como era difícil apoiar Israel, quando este, ao deitar bombas para dentro da Faixa de Gaza, deixava também morrer crianças à fome. Esse desconforto fez com que Israel, para continuar a deitar bombas, tivesse deixado entrar em Gaza o equivalente a 3 bolachas por pessoas.

A humanidade avançou nos seus desígnios e também em Israel se fez democracia. Uma recente sondagem mostra que 82% dos israelitas são a favor da limpeza étnica da Faixa de Gaza. É um povo bastante avançado, e nesse sentido, quando se é mais avançado que outros, pode decidir-se  sobre o futuro e vidas de terceiros, e fazer com que faleçam, mortes que, quando provocadas, logo parecem ser naturais.

Israel não acabou, extinguiu-se, nem sequer pôde começar, quando dez avos do seu povo vive do ódio e pede o extermínio. Com sorte, em Portugal não haverá quem peça a expulsão de terceiros, correndo o risco de nos extinguirmos da mesma forma.

Palestina Livre Caldas

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