O Maçarico-real é a maior ave limícola da nossa avifauna e que proporcionalmente tem o maior bico de aspecto encurvado e fino, sendo que, nas fêmeas é ligeiramente maior que o dos machos.
Pode ser facilmente confundido á distancia, para um observador menos atento ao seu congénere Maçarico-galego que é ligeiramente mais pequeno.
Na lagoa de Óbidos é um migrador de passagem pouco comum, quando perturbado em voo emite um canto aflautado que, se distingue das outras espécies que fazem da nossa lagoa ponto de passagem.
Maçarico é o mancebo que assenta praça na tropa. É sinónimo de inexperiência, aprendiz, novato.
É também o nome de ferramenta utilizada para fazer chama ou calor para soldar, cortar ou fundir diversos tipos de materiais, especialmente metais.
No meu caso admito que sou um grande maçarico nestas coisas da escrita, mas que apesar disso tomo a ousadia e perdoem-me a presunção, de vos ensinar alguma coisa relativamente às aves, sobretudo à influência que têm na nossa cultura e modo de vida, na humanidade sendo transversal a todas as culturas.
No nosso quotidiano passa-nos despercebido a maior parte das vezes a importância das aves nos mais diversos aspectos como no folclore popular, na musica, na toponímia, na culinária e gastronomia, nos nomes, apelidos e alcunhas gentilícias, na numismática e filatelia, nos provérbios, rifões ou adágios populares e até na religião.
Todas as fotos que publico nestas crónicas, são de minha autoria e sobretudo feitas na lagoa de Óbidos e nas suas imediações, poça do Vau e no paul de Tornada.
Para quem queira ver outras fotos e aprofundar o conhecimento das espécies, podem visitar os sítios da especialidade na internet, onde exponho as minhas fotografias e que deixo aqui os Links:
www.flickr.com/photos/joaoedgar/
www.olhares.sapo.pt/
Gostaria também de receber algum eco dos leitores da Gazeta das Caldas, criticas e sugestões são bem-vindas, acerca destas crónicas de Asas e Bicos, que podem fazer através do mail.
João Edgar
sarabuga@gmail.com