Não podemos perder (mais) este comboio

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Joaquim Paulo

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A requalificação da Linha do Oeste é uma das notícias que mais tinta tem feito correr ao longo das últimas décadas nos jornais regionais e nacionais, mercê do desinvestimento a que a ferrovia foi votada no nosso país, em absoluto contraste com a aposta efetuada pelo Estado na rodovia, beneficiando dos fundos estruturais disponíveis.
Porém, hoje em dia poucos serão aqueles que, tendo a possibilidade de optar entre viajar de comboio ou autocarro para Lisboa ou para o Porto a partir das Caldas da Rainha ou de outro concelho da região, o decidam fazer pela ferrovia. O que se compreende. Seja por questões de velocidade, conforto ou preço.
Sobretudo nas últimas décadas, a Linha do Oeste foi-se tornando num parente pobre da mobilidade regional, devido ao surgimento de novas e mais rápidas alternativas, mas sobretudo porque aqueles que tinham a responsabilidade de cuidar e potenciar o caminho-de-ferro ao longo dos anos se foram demitindo dessas funções. Ainda assim, a sociedade civil e as autarquias da região nunca deixaram de reclamar investimentos. E, por fim, a tão esperada notícia chegou: a modernização da Linha do Oeste já começou entre Meleças e Torres Vedras.
As obras estão no terreno e, além do trabalho que há pela frente, subsistem muitas reservas sobre quando avançará, verdadeiramente, a 2ª fase, a Norte das Caldas e com ligação à anunciada alta velocidade que vai passar por Leiria. É, por isso, absolutamente necessário continuar a pressionar o governo para não deixar cair esta bandeira. Porque não podemos perder (mais) este comboio.

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