Natal de 2023

0
389
- publicidade -

Quem procurar os editoriais natalícios de há um quarto de século pode encontrar um otimismo muito maior do que hoje vivemos. O período seguinte foi caraterizado por vários maus momentos, como a ataque às torres gémeas, a crise financeira mundial provocada pelo subprime, as consequências que tal acarretou para o nosso país com a intervenção da troika e depois, nos tempos mais recentes, o COVID, e, finalmente, as guerras na Europa ou próximas, como a resultante da invasão à Ucrânia e mais recentemente a nova guerra no Médio Oriente.
Esta semana discute-se o absurdo das próprias forças militares israelitas terem morto reféns do seu país que fugiam e se identificavam como judeus.
A Guerra nunca foi boa conselheira e neste Natal ser um dos principais motivos de notícias e da atenção pelo Mundo entristece-nos quando pensávamos que o séc. XXI teria muitas outras razões para nos motivar, nomeadamente aquelas que não dominamos facilmente como as alterações climáticas e os problemas estruturais que povoam o mundo desde a sua origem. Falamos na pobreza estrutural e na fome, como nas condições infra-humanas em que uma parte considerável da Humanidade vive e que muito do dinheiro consumido nessas mesmas guerras podia ajudar a resolver.
Queiram o Papa Francisco, António Guterres, como líder da ONU, ou outras figuras inspiradas e respeitadas no mundo, elevarem-se contra estas situações, mas parece estarmos distantes de soluções sustentáveis no futuro próximo. Dê-nos alento a esperança que no médio prazo algumas destas questões se resolvam benignamente, como foi possível encontrar uma cura para o COVID inicialmente tão temerário e assustador. ■

- publicidade -