José Luiz de Almeida Silva
Visitam Óbidos mais de um milhão e meio de turistas por ano, uma parte considerável integrada em viagem organizadas que vão a Nazaré e Fátima, mas outros que não tem programa anteriormente escolhido.
Este é um mercado muito importante no Portugal de hoje, que é responsável por um valor substancial nas contas do PIB, sabendo-se que Óbidos é um dos focos turísticos mais importantes.
Uma pergunta ingénua: Caldas da Rainha fica a 5 quilómetros de Óbidos, o que corresponde numa cidade grande ao quarteirão a seguir ou o final da avenida de qualquer ponto histórico, que a ser conhecido e divulgado com atrativos concretos, podia facilmente captar no mínimo 10% dos visitantes, o que daria uma procura turística considerável.
Caldas da Rainha podia compreender este potencial e dar ali essa informação ao turista, que facilmente estenderia a sua visita a um novo foco, que preencheria um outro interesse e beneficiaria todos.
Há meio século a procura turística em Lisboa, fazia deslocações a norte, a estes locais, com uma paragem nas Caldas, para visitar alguns atrativos da cidade termal. Com o tempo e com a ausência de estacionamento compatível esta paragem foi sendo substituída por estadias mais longas em Óbidos ou na Nazaré, apagando-se a cidade termal do percurso no Oeste. Evidentemente que não surgiu, nenhuma oferta de um produto turístico mais forte que se juntasse à Praça da Fruta (que foi decaindo) e que interessasse aos operadores turísticos e aos turistas.
Hoje estes novos interesses inventam-se e não servindo para o turismo de massa, podem captar, um turismo de qualidade e mais sofisticado. Será que os caldenses têm consciência disto? E querem aproveitar esta grande procura no nosso país que soma pontos no PIB? ■