Os azares de um conjunto habitacional em Salir do Porto

0
1014

Eu, Diamantino Dinis Duarte, como ex-representante da firma Duarte, Lda. e como procurador da firma Magnijump – Construção Civil, Lda. venho por este meio fazer um pedido de reportagem de uma situação que existe há cerca de quatro anos: começou em Outubro de 2011.
Estas empresas que eu represento são de construção civil e têm a decorrer uma obra de um condomínio em Salir do Porto.
Tudo isto começou pela mão de um advogado, de nome Fernando José Silva, com escritório na Rua Mouga Dinis, em Caldas da Rainha. Esse senhor conseguiu destruir as minhas duas firmas, a saber: Duarte Lda. e Magnijump, e é simples de explicar:
Nessa altura ele (advogado), como representante de quatro compradores e em conjunto com a imobiliária Vilas Luz de São Martinho do Porto compraram quatro fracções no empreendimento do Caramujo na Travessa da Ponte.
Como todas as obras feitas no conjunto habitacional, foi feito sem qualquer financiamento (simplesmente com o dinheiro recebido de vários compradores).
Chegada a altura de vir uma prestação de um desses compradores, que seria em princípio de Outubro de 2011, esse senhor advogado que fez todos esses quatro contratos promessa, dos quais cobrou 750.000 euros de cada um e a imobiliária recebeu de comissões desses mesmos quatro contratos cerca de 46 mil euros.
Como digo, em Outubro, esse advogado travou uma prestação de um cliente (Dani/francês) que deveria entregar, como se comprometeu a mim próprio, 40 mil euros. Como o dito advogado sabia que a firma não tinha qualquer financiamento, travou o dito dinheiro para que, desta forma, não pudesse continuar os trabalhos, assim como uma outra prestação de um cliente luso-americano que deveria ter pago até 31 de Dezembro de 2011 a importância de 30 mil euros.
Acontece que nem um nem outro pagou. O dito advogado montou uma cilada às minhas firmas para as deitar abaixo, pois a firma Magnijump entrou em insolvência pela importância de 14.259,76 euros e a Duarte Lda. por 25.000 euros (quando as firmas tinham a receber na ordem de 1,5 a 2 milhões de euros).
Portanto esse senhor advogado, com a colaboração de outro colega de nome Carlos Barbeiro, que deveria ser advogado das firmas (por isso lhe foi oferecido um apartamento T1 em troca dos honorários) não fez nada, não contestou nada e colaborou com o dito Fernando Silva a destruir as empresas.
Com todas estas situações eu estranho a posição da Câmara Municipal de Caldas da Rainha pois está informada de tudo o que se está a passar e mantém o fornecimento de água e luz a um empreendimento que não está legal, pois as casas não estão prontas nem têm a licença de habitabilidade e continuam a viver lá pessoas. E mais grave é que os que estão lá já expulsaram outros compradores que estavam também a habitar e foram expulsos por esse grupinho.

Diamantino Dinis Duarte

NR – Gazeta das Caldas deu conhecimento desta carta ao advogado Fernando Silva e à Câmara das Caldas, convidando-os ao contraditório, mas não obteve resposta.