Prioridades e concretizações

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Quando há quase um ano a Gazeta das Caldas me convidou para cronista a partir de janeiro 2018 recomendou: temas das Caldas da Rainha ou quanto muito da Região.
Mas ainda que com o Oeste sempre presente, o que fazer quando a minha cabeça anda cheia com o mundo?
Sobretudo quando os temas trazidos para “o dia”, já todos foram tratados nas crónicas dos meus colegas.
As consequências das guerras comerciais e nível empresarial criador de valor, a chaga da indiferença e do egoísmo que alastra, destruidoras de todas as
hipóteses de uma sociedade global e justa devem levar-nos a agir das várias maneiras possíveis, mas sempre com responsabilidade social para defesa do futuro.
E para esta missão, nós os portugueses temos que potenciar os nossos reconhecidos pontos fortes, principalmente os de cariz humana e social: tolerância, equilíbrio, flexibilidade  e com isso reforçar o nosso lugar como Europeus, ajudar a Europa, ter a capacidade de afirmar os valores da humanidade do desenvolvimento sustentável, do apoio aos mais fracos e da luta contra os abusos e a corrupção.
Enfim: encontrar maneira prática de dar confiança e condições de desenvolvimento principalmente aos jovens que representam o futuro e a sustentabilidade possível.
Mas temos um problema: somos poucos e estamos a diminuir…a famosa questão demográfica, uma autêntica bomba relógio a progredir alegremente e ainda ajudada por questões que dividem os portugueses ativos: fui e sou contra discriminação das 35h semanais de trabalho (para o sector publico) versus 40h (para o sector privado) uma injusta divisão dos trabalhadores portugueses por decreto lei.
Vejo com preocupação a generalizada falta de consideração pelos outros por parte das assanhadas e conhecidas corporações na defesa exclusiva dos seus interesses, desprezando todas as evidencias globais.
O egoísmo exacerbado é outra bomba relógio para as sociedades democráticas.
Mas voltemos ao Oeste e concretamente às Caldas da Rainha.
Oportunamente felicitei os atuais responsáveis autárquicos por assumirem a responsabilidade e consequentemente a gestão dos ativos termais da cidade.
Aqui faço um apelo a mais informação aos munícipes sobre o andamento das questões pois o que é visível é que continua o desperdício das águas termais com qualidades medicinais reconhecidas.
O que está a emperrar o processo? Só a burocracia?
Como podemos ajudar?
Já existe um projecto final? Equipe executiva para o concretizar? Qual?
O financiamento está garantido?
Penso que uma realidade como o renascer das Termas das Caldas da Rainha será enquadrável nos financiamentos do BEI- Banco Europeu de Investimentos, como braço financeiro da União Europeia.
Segundo a sua própria comunicação o Grupo BEI tem atualmente em financiamento 78.160.000.000 euros.
Os cidadãos caldenses estão conscientes da importância do renascimento das termas e no impulso que um funcionamento total daria à economia local e regional.
Aliás devem lembrar-se ainda de tanto que esta perdeu com o encerramento…
Os responsáveis políticos só teriam a ganhar com uma maior abertura pelo menos nas fases decisivas, assim alimentando a confiança naturalmente esmorecida com tanto tempo passado e criando um entusiasmo envolvente e alargado.
Aqui fica a sugestão.

 

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