A Semana do Zé Povinho | 27-10-2017

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Gazeta das Caldas
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Duarte Ferreira

Foram precisos anos de negociações, de avanços e recuos, para que se assinasse o Tratado de Paris, que estabeleceu metas para a redução de emissões de dióxido de carbono responsáveis pelo aquecimento global. E o processo até aparenta estar de novo em risco com a posição do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. Enquanto isso, cabe a cada cidadão a decisão de ficar à espera que os governos se entendam para estabelecer políticas globais, ou cada um fazer a sua parte para deixar uma pegada ambiental o mais reduzida possível.
Foi isso mesmo que fez o cidadão e empresário Duarte Ferreira, taxista de profissão, que decidiu trocar o poluente táxi a gasóleo por um híbrido amigo do ambiente.
Uma decisão que Zé Povinho aplaude, porque Duarte Ferreira certamente podia ter tido outra opção que lhe custaria menos dinheiro no imediato, mas decidiu olhar para o plano geral e fazer a sua parte para ajudar o meio ambiente, dando uma importante lição a todos nós. É que sozinhos podemos não ter o poder de mudar o mundo, mas se todos tomarmos as medidas que estão ao nosso alcance, podemos contribuir para preservar o ambiente do planeta que é, até ver, o único onde podemos sobreviver.

Gazeta das CaldasO executivo camarário do concelho de Óbidos parece partir ao pé coxinho, pois logo no arranque questiúnculas formalistas afastaram a oposição da primeira reunião, onde foram distribuídos os pelouros.
Num município pequeno, o aparecimento deste tipo de problemas logo no início do mandato, depois das promessas piedosas de cooperação que ambos os representantes dos partidos com maior expressão tiveram na tomada de posse, é mau sinal.
Será que não há um interlocutor acima destes autarcas, como, por exemplo, o presidente da Assembleia Municipal, que chame à responsabilidade ambas as partes e mitigue este tipo de controvérsia, vazia de sentido?
Por muita razão que tenha qualquer das partes, é injustificada a forma como o assunto foi por diante. Certamente no futuro, com questões mais graves e concretas, o fogo surgirá à mínima faísca.
Os autarcas deviam dar o exemplo nestas actuações, devendo manter plataformas mínimas de diálogo, em que desinteligências deste tipo pudessem ser ultrapassadas com uma mera conversa telefónica, num tempo em que a sociedade vive em rede.
Zé Povinho não gosta que se perca tempo com questões menores, sendo defensor de que nas questões maiores se possam afirmar as divergências programáticas, mesmo afirmar rupturas decisivas. Mas convocatórias de reunião, ainda para mais da primeira reunião, não é motivo suficiente para tanto alarido.
Perde Óbidos com estes seus representantes, qualquer deles que tenha sido o responsável. Mas um entendimento imediato exigir-se-ia.

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