Mais uma vez todos exultámos de orgulho com a posição das escolas caldenses no ranking. Está de parabéns toda a comunidade educativa do Concelho.
Como acontece todos os anos, muita tinta corre sobre este tema e a sua importância. Não vamos aqui entrar nessa polémica. Diremos só que estamos convictos de que a avaliação é uma fase fundamental de qualquer processo de melhoria; como dizia Lord Kelvin “o que não se consegue medir não se consegue melhorar”. Além de que entendemos que a saudável competição entre escolas, para melhorar as suas posições, traz evidentes benefícios aos alunos e à comunidade.
A posição das escolas de Caldas da Rainha no ranking, contribuindo para a imagem positiva da Cidade, é um argumento de peso a favor da decisão de muitas famílias para a instalação ou permanência no Concelho e como tal um efectivo factor de desenvolvimento económico.
Recordo ter ouvido, nas cerimónias de abertura do ano lectivo, o Director do Agrupamento Raúl Proença, afirmar, com justificado e indisfarçável orgulho, que, no ano lectivo passado, mais de 90% dos alunos que concluíram o 12º ano no agrupamento ingressaram no ensino superior. Não conheço os números para o Colégio e para o Agrupamento Bordalo Pinheiro, mas estou certo que serão igualmente notáveis. Excelente notícia e excelente confirmação da justeza das classificações nos rankings. Falta, no entanto, comparar este número com outro igualmente significativo. Concluídos os respectivos percursos académicos, quantos destes alunos regressam ao Concelho – do meu conhecimento pessoal, diria que muito poucos. Esta é uma contradição de fundo à qual parece ninguém querer dar resposta. Estamos a preparar, felizmente, os nossos jovens para carreiras brilhantes e a dar-lhes grandes expectativas de futuro – longe de casa. As opções de desenvolvimento do Concelho não passam pela criação de condições que levem ao surgimento de empregos diferenciados e de oportunidades que permitam aos jovens caldenses, depois de concluídos os seus estudos, perspectivar a possibilidade de carreiras suficientemente aliciantes para justificar o retorno à sua cidade.
Falta o desenvolvimento económico do Concelho estar à altura da qualidade das suas escolas.
Notas soltas:
I- No anterior mandato autárquico uma das mais profundas divergências entre o CDS e a maioria, tanto na Assembleia Municipal como na Vereação, prendeu-se com o financiamento da autarquia às Associações e a pouca transparência de que esse processo se reveste. Foi uma batalha perdida e para a qual nunca sentimos apoio da restante oposição. Folgo agora em ver que o PS chamou a si essa luta, melhor sorte desejo aos seus vereadores.
II – Fomos nas últimas semanas sujeitos a uma vaga de frio. Irritou-me ver, nas redes sociais, os detractores do aquecimento global a apontarem para a aparente contradição quando, de facto, é exactamente este o problema – o aquecimento global vai trazer fenómenos de mais frio às nossas latitudes. Reconheço que a amenidade do nosso clima nos faz estar mal preparados, mas ver os funcionários da Câmara obrigados a atender os munícipes de casaco vestido parece-me de mais.