Segurança na Cidade?

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José Luiz de Almeida Silva

GC acompanha o fenómeno de segurança nas Caldas há um século e quem percorrer estas páginas entende como o fenómeno teve muitas facetas ao longo dos tempos.
Há um século o problema fulcral era a mendicidade fruto da miséria, pobreza e alcoolismo, que abundava e que se expressava nas ruas, especialmente de garotos que “assaltavam” os viajantes, que pediam esmolas, bem como as questões relacionadas com o transito anárquico nas ruas das poucas viaturas existentes, colocando em risco os transeuntes, para além de pequenos assaltos ou de ofensas corporais ou de património.
Havendo um pequeno quartel da GNR, reivindicava-se também um posto da PSP, que ampliasse a prestação dos 7 polícias destacados de Leiria para as Caldas, e que não conheciam a população, porque eram substituídos todos os 3 meses.
Um século depois o fenómeno é muito diferente, face à panóplia de meios de informação, criando perceções de insegurança que a realidade concreta por vezes não confirma, apesar de ser pertinente fazer que o tema não agrave e que a população acredite nas condições de segurança que a cidade lhe oferece.
Provavelmente, urge que Caldas tenha acesso a uma arma dissuasora e que atualmente no mundo moderno diminui alguns dos riscos maiores, com a vigilância eletrónica por camaras colocadas em locais chave. Mas tal como há cem anos se apontava a criação da Misericórdia para diminuir o risco social das populações, também hoje as medidas sociais e de emprego, como de combate ao fenómeno da droga, podem ajudar a minimizar o problema.
Não bastará esmolar e paternalisticamente oferecer proteções materiais efémeras, mas criar uma verdadeira condição de cidadania que deverá ser dada pelo Estado, pelas famílias e pela Escola. ■

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