José Luiz de Almeida Silva
Quando em certas regiões, com excesso de atração de turistas, se protesta pelas consequências nefastas deste fenómeno moderno, como por exemplo ocorre em Veneza ou em Barcelona, noutras regiões “sofre-se” pela ausência de uma procura turística que crie mais emprego e riqueza. Ou seja, estamos perante a existência de um fenómeno contraditório, incompreensível para quem está à vez do lado da procura ou da oferta. Ou seja quando se é residente ou turista.
Contudo, ninguém desdiz as vantagens da procura do “turismo mais sustentável” representado pela vinda e estadia em certas regiões do mundo, de um género novo de turistas que permanecem mais longos períodos, beneficiando das condições específicas existentes, quer atmosféricas, de recursos, de competitividade, ou de capacidade tecnológica ou intelectual, que geram verdadeiras bolhas criativas e de sucesso.
Destacamos nesta edição da Gazeta das Caldas dois casos, impercetíveis à observação do leitor comum, que se poderão juntar a outros tantos, e que mostram um potencial do Oeste e das Caldas, que devia ser cultivado de forma mais resiliente e programada, uma vez que reunimos alguns atrativos que, no momento presente, se afirmam em todo o mundo.
Quando em certas partes do mundo existem fenómenos incertos resultantes da violência, dos extremismos sociais, religiosos e políticos, das alterações climáticas, vivemos, quase sem saber explicar a razão dos mesmos, numa espécie de oásis, que só alguns sabem aproveitar.
Para nós o caso não é de hoje, pois durante muitos anos, nos tempos da ausência de meios tecnológicos que o superassem, a região era conhecida e frequentada pelas gentes das temperaturas extremas, do Alentejo e estremadura espanhola, que sabiam encontrar aqui algum conforto em certas épocas do ano. ■