Hoje, 24 de Junho, a Junta de Freguesia de Santo Onofre organizou um passeio para os respectivos moradores seniores. Eram quatro autocarros expressamente fretados e atrás uma ambulância dos nossos bombeiros, pronta para prestar os socorros, em caso de acidente ou doença súbita.
Os seniores de Santo Onofre saíram em coluna organizada, do parque da Expoeste, às 06h40, pela A-15, A-1 e A-23. Com algumas paragens previamente definidas e bem organizadas, a coluna chegou a Castelo Branco, cerca das 10h20. Ali, em duas horas, tivemos oportunidade de visitar jardins e monumentos, que a muitos não conheciam.
Depois, a coluna seguiu para o Fundão, onde estava programado o almoço. Ao chegar ao Fundão, o GPS falhou, o que criou confusões para entrar e sair da vila, sem localizar o Pavilhão Multiusos, que nos esperava. Mas contornamos esse obstáculo com êxito, voltamos a entrar e estacionamos no parque anexo ao Pavilhão.
Quase todos levavam merenda, pelo que as mesas previamente montadas, no hall, do bonito e opulento Pavilhão Multiusos do Fundão, foram insuficientes, facto agravado, pela imprevidência e abuso, de alguns passeantes, que ocuparam mesas e assentos, que não necessitavam e, depois de verem que havia muita gente sem lugar, não libertaram os lugares, que desnecessariamente ocupavam.
Mas a falta das mesas foi resolvida num abrir e fechar de olhos pelo pessoal do Pavilhão, auxiliado pelos nossos Bombeiros. Foi notável a rapidez, com que actuaram. Em menos de cinco minutos colocaram mesas e estenderam sobre elas toalhas de papel para aconchegar mais de 50 pessoas. Para esses, que superaram tão rapidamente a falta de mesas, é justo deixar aqui, a merecida nota de realce, admiração e louvor. Bem hajam.
O reconfortante almoço, foi abrilhantado pelo inconfundível e alegre som da concertina, que o habilidoso acordeonista manobrava, sintonizando os movimentos, dos foles, das escalas e dos baixos.
Às 15h45 a coluna de passeantes seguiu para a Serra da Estrela, com uma pequena paragem no mercado das cerejas, à saída do Fundão. Passamos pela Covilhã, cidade de progresso do século passado, agora triste.
Triste, não apenas porque lhe falta o progresso que outrora sentiu, mas porque lhe falta a animação, que o estágio da selecção nacional lhe conferiu no passado mês de Maio e que dali partiu para a África do Sul. Em todo o caso, tem razão para se orgulhar da preparação e ânimo que deu aos atletas da selecção. Eles vão passar a primeira fase e seguir em frente. E vão fazer o que os portugueses do século XV fizeram ali bem perto, transformando as tormentas em esperança. Não para chegar à Índia, mas agora, à final da Copa do Mundo.
Enquanto subíamos, pelas curvas e contra-curvas, passando pelo antigo e abandonado Sanatório da Covilhã – que ficou cá em baixo a abraçar a serra – e pelas Penhas da Saúde até chegar à Torre, íamos sendo avisados, pela falta de pressão nos tímpanos, da altitude que íamos alcançando. Eram 17h00 e no ponto mais alto da serra havia sol limpo e não se sentia a habitual brisa, frio ou nevoeiro.
Às 18h00, a coluna iniciou o regresso, descendo para Seia e pela margem do Mondego até Coimbra, com uma pequena paragem para lanche, junto à Barragem da Aguieira, chegamos sãos e salvos às Caldas às 22h30.
A Junta de Freguesia, cujo presidente e restantes membros acompanharam os passeantes, está de parabéns pela organização, pelos locais escolhidos e pela ordem que estabeleceu e fez cumprir.
Guilherme Madeiras