Jerónimo de Sousa na Foz do Arelho apela à inscrição de novos militantes no PCP

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Gazeta das Caldas
Mais de 300 pessoas marcaram presença na Festa de Verão do PCP
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Serem mais, mais fortes e melhor organizados. É assim que os comunistas preparam o futuro. Na Festa de Verão do PCP, que teve lugar no passado dia 2 de Julho na Foz do Arelho, o secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa, disse que está em prática uma campanha nacional de contacto de 5000 trabalhadores para engrossar as fileiras do partido.
A Festa de Verão contou com mais de 300 pessoas, entre militantes e simpatizantes, e não faltou a música de intervenção com Nelson e Joaquim Rodrigues.

Gazeta das Caldas
Jerónimo de Sousa diz que o PS “persiste em opções e políticas que não rompem com a política de direita”.

Jerónimo de Sousa quer um PCP com uma organização mais forte e mais reforçada em número de militantes e em militância activa. Será emitido um novo cartão de membro do partido e intensificada a intervenção junto das empresas e locais de trabalho, com uma “activa política de recrutamento de novos militantes e consequente integração”, defendeu o secretário geral do PCP na sua intervenção.
Com esse objectivo está em curso uma campanha nacional de contacto de 5000 trabalhadores para realizar durante o todo este ano de 2018, dando a conhecer as razões pelas quais devem aderir ao PCP. Jerónimo de Sousa pediu o empenhamento de todos para que a campanha tenha êxito.
No distrito de Leiria, a tarefa dos comunistas é de contactar com 300 trabalhadores.
Em tom de graça, o líder dos comunistas disse que “situação do país está como o tempo” (nublado), acrescentando que isso não lhes mete medo pois conhecem as dificuldades e estão dispostos a continuar o combate na defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo.
Jerónimo de Sousa lançou farpas ao governo PS que, embora tenha tomado algumas medidas defendidas pelo PCP, “persiste em opções e políticas que não rompem com a política de direita”. O dirigente comunista criticou o facto dos serviços públicos continuarem com falta de trabalhadores, equipamento e investimento na sua manutenção e reforço, com consequências na resposta às populações. Entre os exemplos, destacou a insuficiência de meios humanos e de equipamentos no Serviço Nacional de Saúde, a deterioração da Linha do Oeste, assim como a falta de investimento na cultura e património.
Alvo das criticas comunistas é também a descentralização que o governo quer avançar e que consideram um “instrumento de desresponsabilização do Estado e de transferência de encargos para as autarquias, com consequências para as populações e para o acesso universal a direitos constitucionais como a saúde, a educação ou a cultura”. Para Jerónimo de Sousa a solução para os problemas nacionais não encontra resposta no PS, nem no PSD e no CDS, que diz estarem subordinados a Bruxelas. Considera, por outro lado, que as verbas que estão a ser consumidas em juros da dívida deveriam antes ser utilizadas na defesa da produção nacional e reforço dos serviços públicos.
Referindo-se ao distrito de Leiria, lembrou os incêndios que decorreram o ano passado e mostrou a sua preocupação com o facto de ainda muito estar por fazer para evitar que novas catástrofes se venham a verificar. “Responsabilizaram-se as populações pela limpeza de terrenos, mas tardam medidas concretas de ordenamento florestal, de apoio aos bombeiros e de todo um conjunto de medidas de prevenção que são da responsabilidade do Estado”, referiu Jerónimo de Sousa, dando nota que o Pinhal de Leiria continua por limpar.
Referindo-se ao Orçamento de Estado para 2019, o líder comunista deixou claro que o compromisso que o partido tem é com os portugueses e que rejeita “pressões e condicionamentos face a ameaças de recalendarização eleitoral” no que respeita à sua decisão de voto. Destaca que o país precisa de outra política, que só é “concretizável com o decisivo reforço do PCP e da sua influência”.
Ataques aos trabalhadores no distrito

André Martelo, membro da direcção da Organização Regional de Leiria do PCP, falou dos ataques aos trabalhadores (nomeadamente com baixos salários e situações de precariedade) que persistem nas empresas, dando como exemplos, a Crisal na Marinha Grande, a SPAL em Alcobaça, a Novares em Leiria e a Shaeffler (antiga Rol) nas Caldas da Rainha. Os trabalhadores da indústria e serviços do distrito “sofrem” ainda com as consequências dos ataques à contratação colectiva, a desregulação de horários e a repressão dentro das empresas, enquanto que os trabalhadores da pesca e agricultura “vêem diariamente os seus direitos e rendimentos postos em causa”, afirmou.
O dirigente distrital disse ainda que no campo da saúde há dificuldades no centro de saúde do Bombarral e no Hospital das Caldas, enquanto que na educação registam a falta de investimento e degradação das condições das escolas. André Martelo criticou também o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos e degradação dos transportes públicos. Neste último caso, referiu-se ao estado da Linha do Oeste, com sucessivas supressões de comboios e horários, para saudar a luta da comissão em defesa da linha e apelar à participação de todos na manifestação marcada para 26 de Julho em Lisboa.
O jovem dirigente deixou ainda o apelo para a ajuda na preparação da Festa do Avante e à adesão de todos os presentes ao Partido Comunista Português.
Antes dele, também já Catarina Gomes, da Juventude Comunista Portuguesa, tinha pedido a participação dos jovens na Festa do Avante, assim como no Acampamento pela Paz.

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