PS canta vitória também nas Caldas da Rainha

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Os socialistas foram acompanhando, optimistas, os resultados na sede do partido
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Na sede do PS cantou-se vitória na noite de domingo e brindou-se aos resultados eleitorais, que deram a vitória aos socialistas a nível nacional. No distrito elegeram mais um deputado, mas não conseguiram fazer o pleno: eleger directamente a caldense Sara Velez, que aguarda agora pela provável subida de um dos deputados eleitos para o governo, para se poder sentar no parlamento.
Para os socialistas, o perdedor destas eleições foi o PSD caldense porque apostou as fichas todas em Hugo Oliveira, mas obteve uma vitória por apenas pouco mais de 200 votos em relação ao PS.

Domingo, 21h00. Na sede do PS vão chegando, a conta gotas, os resultados das mesas de voto do concelho. A primeira boa notícia surge com a freguesia de Santo Onofre, onde os socialistas ganham com perto de 600 votos em relação ao PSD. A candidata caldense, Sara Velez, deixa a sede por essa hora para partir para Leiria, onde a aguardavam na distrital. A número cinco por este círculo eleitoral viria a telefonar mais tarde para a concelhia para se inteirar do resultado das Caldas, onde o PS só ficou a 112 votos do PSD e com vitória nas duas freguesias urbanas e em Tornada, Salir do Porto e Foz do Arelho.
O presidente da concelhia caldense, José Ribeiro, considera que se tratou de um “óptimo” resultado para o PS. Embora tivessem trabalhado para ganhar, reconhece como positivo o aumento de votos numa terra que é um bastião do PSD. José Ribeiro diz mesmo que Leiria está a deixar de ser um Cavaquistão, mas que mantém alguns focos laranja, mais conservadores, como é o caso das Caldas. O líder da concelhia acrescentou que quem não teve o resultado esperado foi o PSD, tendo em conta a “campanha muito agressiva, comparável a umas autárquicas e muito personalizada em Hugo Oliveira”, feita neste concelho. Mais incisivo, o vereador socialista Luís Patacho, regista que o PSD teve um “resultado extraordinariamente mau nas Caldas da Rainha”, com menos 3700 votos do que há quatro anos.
Televisão ligada na RTP, há quem aplauda Assunção Cristas quando esta anuncia a derrota e que deixará a liderança do partido, enquanto outros vão informando dos resultados das mesas que vão fechando e inserem os números no computador. Os resultados nacionais são acompanhados com naturalidade e optimismo. “Vamos ganhar, é um óptimo sinal que o povo está a dar de que estamos no bom caminho”, diz José Ribeiro, acrescentando que as pessoas não se esqueceram de quatro anos de coligação de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, que “foram terríveis”.

O perigo dos partidos extremistas

Luís Patacho conta que a nível distrital, havia sondagens que lhes permitiam sonhar com um resultado “extraordinário” de eleição de cinco deputados, sendo que a número cinco é caldense. Ainda assim, a eleição de quatro iguala o melhor resultado do PS no distrito de Leiria.
O vereador caldense não é apologista da ideia de geringonça, mas considera que os resultados foram satisfatórios. Também o presidente da concelhia é da opinião que o governo dos últimos quatro anos funcionou “muito bem, com políticas à esquerda e para as pessoas, melhoria nos rendimentos, economia a crescer e controle da dívida. Acho que era difícil pedir mais do que isso”.
Em relação a possíveis acordos, nenhum dos dois se arrisca a fazer futurologia, mostrando confiança nas decisões de António Costa.
Por outro lado, o vereador Luís Patacho regista com apreensão a possibilidade de entrarem pequenos partidos de direita mais conservadora no parlamento. “Apesar de eu ser socialista nunca quis que o PSD tivesse um resultado catastrófico, para bem da democracia”, diz, defendendo que é importante haver um partido de centro direita que seja agregador para que, nas franjas, não aparecerem partidos extremistas.
A noite terminou com um brinde à vitória do PS. Mas há outra garrafa de champanhe guardada para o caso de Sara Velez ir para a Assembleia da República.

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