Alergias alimentares

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Patrícia Oliveira
Médica Interna de Medicina Geral e Familiar, USF Rafael Bordalo Pinheiro

Na Europa, até 22% das crianças têm uma alergia, ou seja uma resposta exagerada do organismo ou um excesso de defesas contra um estímulo. A alergia alimentar é frequentemente a primeira manifestação de doença alérgica e a estatística não esconde o aumento das reações alérgicas graves (anafilaxia) a alimentos. Ainda que tomando todos os cuidados, uma ingestão acidental de um alimento alergénico poderá ocorrer, pelo que o doente com risco de reação grave deverá, por indicação médica, fazer-se sempre acompanhar da “caneta” de adrenalina e de um plano de emergência escrito.
É importante reconhecer os sintomas de uma reação alérgica. Saiba reconhecer pelo menos estes: falta de ar, chiadeira, tosse persistente, aperto na garganta, rouquidão ou dificuldade em engolir, palidez ou pele azulada, comichão no corpo, vermelhidão ou borbulhas, inchaço significativo dos lábios ou da língua, vómitos ou diarreia intensos, tonturas ou desmaio. Nestes casos, não hesite, a injeção de adrenalina deve ser imediata, seguida de um contacto com o 112, avisando está a ocorrer uma anafilaxia.
Recuperado do susto, alegre-se, 2020 trouxe a comparticipação a 100% de todas as fórmulas de substituição para crianças com alergia à proteína do leite de vaca e das “canetas” de adrenalina. De qualquer forma, mais vale prevenir a alergia alimentar, pelo que seja defensor do aleitamento materno, se possível, até aos 4-6 meses, e do não atraso, contrariamente à prática comum, na introdução dos alimentos mais alergénicos na dieta da criança.

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