Durante três dias Zé Povinho viu, pelas ruas da cidade das Caldas, centenas de pessoas, de mapa na mão, em busca da arte contemporânea produzida pelos estudantes da escola superior de artes e design e, como curioso que é, não resistiu a ir espreitar. O que encontrou foi uma cidade das artes, com expressões artísticas em locais tão diversos como a montra de uma loja, o corredor de um centro comercial, o interior de uma igreja ou um museu. O evento, criado há já 25 anos, teve nesta edição poucas casas para visitar e muita festa e convívio (sinais dos tempos), mas Zé Povinho não deixou de encontrar obras com mensagens significativas, por exemplo, apelando ao fim da guerra, à importância da preservação da biodiversidade ou criticando a sociedade narcisista das redes sociais. Aos estudantes que, ano após ano, têm garantido a vida do Caldas Late Night, ficam os parabéns de Zé Povinho. E que venham mais 25! ■
Zé Povinho tem muitas dificuldades em conseguir entender o que se passa no setor da saúde, onde os profissionais já não escondem a insatisfação e a falta de meios é cada vez mais notória. Para além de lamentar a morte do bebé, na semana passada, durante o parto, é hora de começar a discutir o estado a que chegou o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, sobretudo, a incapacidade que o Estado tem demonstrado para formar e contratar médicos e enfermeiros, que fogem do SNS como quem foge da cruz. Recentemente reconduzida no cargo, a ministra da Saúde deve vir a terreiro assumir responsabilidades, mas, acima de tudo, dialogar e encontrar soluções para os problemas de um Ministério que está muito mal de saúde. ■