Aceitando o desafio que me foi colocado pela Gazeta das Caldas, início hoje uma colaboração mensal com este jornal que tem como um dos seus objetivos maiores dar a conhecer ao público aquilo que é a minha atividade enquanto parlamentar bem como o desenvolvimento de temas específicos sobre a atualidade política da nossa região e/ou do país. Antes de mais gostaria de expressar o quanto me honra este convite e declarar que tudo farei para não gorar as vossas expectativas, agradecendo naturalmente a oportunidade de poder também aqui divulgar aquela que é a minha atividade política. Neste primeiro artigo, que servirá de abertura a esta colaboração e seguindo a senda do desafio que me foi lançado, gostava de abordar o tema da prestação de contas. Os anglo-saxónicos atribuem-lhe uma importância maior na agenda política dos debates nacionais. Em Portugal, do ponto de vista da atenção (mediática ou não) disponível para estas matérias e a título de exemplo, o habitual é ficarmo-nos pela discussão das grandes opções do plano e do orçamento e remetermos para um segundo plano um debate que se realiza no final das sessões legislativas e que avalia a execução do que foi e do que não foi feito. A cultura da accountability tem fraca implementação na nossa agenda política. Estou em crer que este é um dos problemas que afasta eleitos e eleitores e que reduz a proximidade que deve existir entre representantes e representados. A crise das democracias de que hoje tanto se fala tem como uma das suas causas, não sendo a única, este gap que existe entre o cidadão e o seu representante.
Vem toda esta reflexão a propósito do espaço que a Gazeta das Caldas decidiu criar para os dois deputados do nosso concelho poderem prestar contas daquela que é a sua atividade parlamentar. É por isso de sublinhar muito positivamente a abertura deste canal que usarei para esse efeito desejando que também os eleitores o possam usar para colocarem as questões e exporem os assuntos que entenderem como pertinentes colocar. De forma sintética, nestes já quase quatro meses que passaram, tive oportunidade de encetar diligências nalguns dos temas que continuam a obrigar a nossa atenção e o nosso foco: o Centro Hospitalar do Oeste, a Linha do Oeste, a comparticipação dos tratamentos termais, a problemática dos tratamento de diálise, entre outros temas de abrangência mais nacional mas como sempre com efeitos também locais, como é o caso do tema do apoios às artes. Nos próximos artigos dedicarei então a exclusividade temática tendo em conta as áreas em que venho trabalhando esperando com isso contribuir por um lado para melhorar a informação de todos, e por outro para o necessário debate e reflexão que alguns temas nos impõem.
Até breve.