José Luiz de Almeida Silva
Desde que o fenómeno de emigração assumiu um caráter permanente, constituímos um elo de ligação para esses emigrantes que partiam para os 5 continentes transmitindo os sentimentos daqueles que ficaram no país.
Provavelmente, e dizemo-lo com conhecimento de causa, seria bom que muitos compatriotas pudessem ter tido uma experiência do que é emigrar, vivendo em comunidades muito diferentes e com formas de pensar e de agir que criam uma certa incomodidade, nem que seja apenas por estar perante o desconhecido.
Mas emigrar constitui uma forma surpreendente e enriquecedora, de nos colocar à prova, e nos obrigar a entender o outro, possibilitando aproveitar oportunidades e criar novas raízes, que, geralmente se tornam recompensadoras e muito criativas.
Esta edição dedicamo-la aos emigrantes, que habitualmente nos visitam no Verão, e que estão a partilhar momentos de convívio, reunindo famílias e amigos, com quem não passam o resto do ano.
Com as novas tecnologias hoje a relação permanente das famílias emigrantes tornou-se coisa fácil e barata, o que não aconteceu durante décadas do século passado. Tudo hoje parece mais fácil para os velhos e novos emigrantes, que, ainda para mais, beneficiam da facilidade da utilização dos meios de transporte existentes, e alguns da experiência ERASMUS.
Mas o que os novos tempos trouxeram, é que hoje estamos perante um novo fenómeno, que cria novos desafios e comportamentos, resultante de um fenómeno crescente da imigração no nosso país. Esperamos que possamos dar a atenção e o conforto que outros nos deram, para as comunidades que nos procuram para viver de forma solidária e fraterna. ■