A Semana do Zé Povinho | 22-03-2019

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Inconformado com o sistema, apesar da idade, Zé Povinho também não podia deixar de destacar a atitude cívica das jovens caldenses que na semana passada participaram activamente nas acções contra as alterações climáticas.
Andreia Galvão, de 19 anos e finalista na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, rumou a Lisboa, juntamente com colegas, para participar na manifestação pela defesa do clima e por uma intervenção política e governamental mais activa nas questões do ambiente. A jovem activista quer que esta manifestação tenha continuidade em acções pós greve e pensa mesmo ir à Assembleia Municipal das Caldas alertar os políticos locais para esta problemática.
Já Isabel Vidigal, de 12 anos e estudante na EB D. João II envolveu colegas, professores e a direcção da escola numa acção de sensibilização.
Para ambas há uma inspiração em comum: a adolescente sueca Greta Thunberg que no ano passado esteve durante vários dias sentada em frente ao Parlamento sueco em nome do clima.
Zé Povinho orgulha-se destas jovens conscientes e, acima de tudo, actuantes numa causa que é de todos, ou não fosse o planeta a casa de toda a gente.

Volta e meia surgem situações que levam as pessoas a lamentar-se que o futebol deixou de ser um desporto e passou a ser um negócio. Muitas vezes isso é verdade e há quem se tente aproveitar disso para lucrar à custa de jovens que procuram alcançar o sonho de serem futebolistas profissionais. Uma atitude oportunista que Zé Povinho repudia com veemência.
O Grupo Desportivo Os Nazarenos viu o seu nome envolvido num destes casos. Já em Dezembro do ano passado o SEF tinha proibido alguns jovens brasileiros que representam o clube de jogar por terem os seus vistos caducados. Agora os empresários responsáveis pela vinda dos atletas para Portugal foram detidos por indícios de tráfico de seres humanos.
Se no início o sonho daqueles jogadores parecia estar a concretizar-se, depressa se tornou num pesadelo, dado que foram deixados à mercê pelos empresários, sem comida, sem tecto e sem rendimento.
O GD Os Nazarenos já se demarcou do esquema e chegou-se à frente para ajudar os jovens com alojamento e alimentação. Mas mesmo que no fim se confirme a sua inocência (neste momento o seu presidente e o próprio clubes são arguidos), não se livra da ligação a este caso que em nada abona a favor do bom nome daquele que é suposto ser o desporto rei. Diz o povo que “quando a esmola é muita o pobre desconfia”. Os dirigentes do clube deviam ter desconfiado daqueles empresários mafiosos e é por isso que Zé Povinho lhes torce o nariz neste caso.

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