Tenho uma proposta a fazer aos comerciantes (quantos, quais?) que tiveram a brilhante ideia de clamar pela reabertura ao trânsito da Rua Heróis da Grande Guerra. A minha ideia é fazerem uma campanha publicitária para a qual sugiro slogans do tipo:
Venha às Caldas e passe uma manhã inesquecível a ver carros!
Venha à nossa loja, na compra de dois artigos oferecemos uma máscara contra a poluição!
Damos um brinde a quem conseguir fazer todas as comprar em ponto de embraiagem!
Se não gosta de carros não venha cá, vá para um centro comercial com parque de estacionamento!
Estou a brincar… E os tais comerciantes também, não é? Por favor, digam-me que não é a sério!
Já percebi, como a cidade das Caldas da Rainha deixou de ser um destino turístico, vamos fazer com que esses tipos (há quem lhes chame turistas ou, simplesmente, clientes) sejam obrigados a passar por cima do nosso cadáver, nem que seja de passagem para Óbidos… O próximo passo será a conversão da Rua Heróis da Grande Guerra num troço da A8?
Que os comerciantes estão desesperados, que o comércio está pelas ruas da amargura, que as obras parecem nunca mais acabar, que não se vê a luz ao fundo túnel da crise… Tudo isso é verdade, tudo isso é razão de descontentamento dos comerciantes, mas também dos clientes, dos munícipes, enfim, dos cidadãos em geram pois é um panorama que se estende a todo o país e mais além. Agora o que não se pode é dar um tiro no pé, desbaratar uma das poucas vantagens competitivas do chamado comércio tradicional. Há uns anos atrás falava-se das Caldas da Rainha como capital do comércio tradicional, como um centro comercial a céu aberto… E agora, querem pôr os carros a passar por dentro do centro comercial?
Por exemplo, querem uma boa causa para se mobilizarem? Organizem um movimento para exigir um parque de estacionamento condigno para os autocarros de turismo! Isso sim, isso é que a cidade precisa. Já lá vai o tempo em que, ao fim de semana, chegavam 20 ou 30 autocarros cheios de turistas… Claro que a culpa não é só da falta de estacionamento, mas esta lacuna, mais uma a somar às outras, é um problema local e de responsabilidade puramente local. (…)
A circulação regular de automóveis pelo centro do comércio da cidade não tem qualquer efeito positivo no mesmo. Quem vem de carro até ao pé da loja não pode deixar aí o carro enquanto faz compras. Os problemas de engarrafamento, poluição atmosférica e sonora, sujidade nas montras e no interior das lojas (vejam como ficam as que se situam na Rua General Queirós ou na parte circulável da Heróis da Grande Guerra) vão aumentar e acabam por afastar clientes (é o meu caso), em vez de os atrair.
E depois há o Toma… Bem, o Toma é das melhores coisas que foram feitas em benefício da qualidade de vida dos cidadãos caldenses e, muito em especial, em benefício do comércio tradicional. O Toma não pode servir de desculpa para os que dizem que se ele passa porque não podem passas todos… O Toma pode e deve passar pela Rua Heróis da Grande Guerra, aliás, até devia passar mais. O Toma é um veículo “benigno”, ao contrário dos outros que serão um autêntico cancro para o centro da cidade.
Mas nesta história há um “pormenor” que não percebo (entre outros). Dizem que a Rua Heróis da Grande Guerra vais ser reaberta ao trânsito automóvel até ao final do ano! Bom, se é por causas dos distúrbios de trânsito causado pelas obras de regeneração urbana, então não devia ser até ao final das obras? Ou, pelo menos, até se resolverem os problemas que agora, alegadamente, irão ser contornados com a reabertura ao trânsito da dita rua? Mas que raio de deadline é essa? Só se volta a fechar ao trânsito depois do Pai Natal passar com as renas, é isso?
Quanto ao “problema” do estacionamento automóvel na cidade das Caldas da Rainha, a minha opinião é a de que não existe problema. Numa cidade cujo centro se atravessa a pé em 10 ou 15 minutos, qual é o problema de deixar o carro a 500 metros à borla ou a 100 metros a pagar? Pensam que é isso que afasta os clientes?
Não deixem que a árvore tape a floresta!
Declaração final: apoio um eventual movimento de cidadãos em prol do centro da Cidade das Caldas da Rainha sem carros (com as devidas exceções, claro).
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