Em S. Martinho “com papas e bolos se enganam os tolos”!

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Dirijo-me a V. Exa. para o felicitar, primeiramente, pelo excelente jornal que dirige, cuja edição nº4821 li na íntegra, em tempo de férias, por praias de S. Martinho do Porto.

Depois, em segundo lugar, para dar-lhe conta da minha indignação, pela  falta de cuidado, de preparação e arrogância com que alguns restaurantes se apresentam ao público nesta época balnear… Refiro-me a um almoço que decidi fazer em família no  restaurante “O Farol”, na esplanada de baixo.

Tudo começou normalmente, com a apresentação das listas e respectiva encomenda dos pratos e bebidas do almoço. Depois, começou o “sacrifício” com um tempo de espera excessivo, para quem chegou ao meio-dia, e a sala com menos de 50% de ocupação. Pediu-se mais uma dose, no caso vertente, de lulas grelhadas, que vieram servidas com o interior congelado… ou mal passadas…

Depois, pasme-se, quando se pretende ir à casa de banho a porta está fechada e dizem-nos que temos de ir pelo exterior ao piso de cima! Indignados perante a resposta, perguntámos porque razão estavam agora os sanitários fechados quando há cerca de meia hora estavam a funcionar. Resposta: “estavam entupidos!” Perante a nossa  insistência, lá vieram abrir a porta e dizer que poderiam utilizar, mas não se responsabilizavam com o que pudesse acontecer… lá fomos e nada aconteceu!

Como a “procissão” já ia adiantada, e face ao panorama descrito, pedimos tão somente a conta, pensando que ficaríamos livres. Mas eis que surgem duas divergências no que contratámos: a segunda dose de lulas estava mais cara dois euros em relação à primeira e o preço do vinho Terras D`El Rei (0,37L) surge facturado a 4,50 euros quando na carta de vinhos estava a 3,75 euros.

Obviamente que reclamámos… e vem nova factura,  mas,  só com a alteração do preço da dose. “E o vinho?”, perguntámos: “isso não posso alterar, senão logo falta dinheiro e o patrão reclama!” explicou a empregada. “Chame o patrão!”, retorquimos. Perante o confronto do preço da lista e a divergência da facturação, disse-nos que se tratava de uma lista desactualizada e que assim pagaríamos de acordo com ela. Rubricou o documento a autorizar o abatimento.

Pagámos com cartão Multibanco e pedimos a outro empregado a Venda a Dinheiro (nº02/00078403 de 15/08/2010). Mais um pedido que foi difícil de atender porque o valor pago foi um e o valor do documento era o inicial, ou seja, superior. Ainda assim, o dito empregado lá veio à pressa e deixou em cima da mesa o papel expressando “Aqui tem a conta!…” E virou costas. Ainda o chamei e disse-lhe que não era assim que se tratavam os clientes, que se alguém agiu mal foi o restaurante… mas penso que não valeu de nada!

Pergunta sacramental:  é assim que querem turismo cá dentro?  Não pedi o livro de reclamações, mas reclamei… e já agora, pergunto: onde anda a ASAE em tempo de férias, que dizem  “estar em todo o lado”. E os leitores em situações semelhantes, calam-se ou actuam?

Fernando Pinheiro Correia

NRGazeta das Caldas deu conhecimento desta carta ao estabelecimento visado para efeitos de contraditório, mas não obteve resposta.

1 COMENTÁRIO

  1. O comportamento do restaurante e sem sombra de duvida lamentavel.Nao se pode e esperar que a ASAE jamais possa “estar em todo o lado” o que esta sim em todo lado (leia se restarantes) e o milagroso livro de reclamacoes. E atraves do livro de reclamacoes que se apresenta a queixa, servindo de pouco queixar se na praca publica