Estava presente Mariano Calado, que nos desvendou as “Bruxas de Ferrel”, cerca de 250 pessoas encheram o salão do Jardim Infantil de Ferrel, para saudar e ouvir a apresentação do espectacular livro de Joaquim Jorge “Ferrel através dos Tempos”, livro de que desde já podemos dizer da qualidade da edição, e espessura do maneio , em breve comentarei o texto, quase 400 páginas com detalhe, que só o li em diagonal.
Joaquim Jorge é o #bruxo# de Ferrel, que se alinha com as bruxas de Mariano Calado, que são a alma e o sentir do povo, que vem do passado e dignifica o futuro.
Conheci-o nos acasos da luta, devo dizer que só privámos mais recentemente, mas por vezes basta duas trocas de ideias e conversas que vem do fundo da alma e dos tempos que as fazem para ver da qualidade e humanidade que desta desabrocha.
O Joaquim Jorge é um verdadeiro bruxo, não como as geniais imaginadas pelo grande historiador de Peniche, de carne e osso, um homem simples, nas suas palavras e comportamento, e grande na estatura moral, busca das origens e referencias que dão conteúdo à história deste povo, grande na história da ecologia política portuguesa, e que agora com dinamismo recupera como parte, ex-líbris da sua identidade.
Ferrel Capital da luta anti-nuclear deve-se também ao Joaquim, e a tantos que ele homenageia neste livro.
Hoje em Ferrel temos as cores do arco-íris, da sustentabilidade e dos empenhos cívicos, a desenvolverem-se, porque não temos na Almagreira uma central nuclear, viva ou morta, que o povo não seria este em qualquer dessas formas.
E temos também, e sou igualmente activista de uma associação de protecção do gado asinino (AEPGA), burros, símbolo de Ferrel, hoje galhardamente em estátua nas traseiras da igreja e muito, e bem, presentes neste livro.
Obrigado Joaquim, bruxo imenso!.
António Eloy