Morreu um homem bom

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Gazeta das Caldas
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Quando morre um homem bom o mundo fica mais pobre.
No passado Domingo, o Museu do Ciclismo e a Cidade de Caldas da Rainha perderam um desses homens que nos fazem falta, Carlos Silva que aos 72 anos, deixa na família e nos muitos amigos do coração um profundo vazio e um enorme pesar.
Faleceu num acidente invulgar, colhido por um automóvel, numa rotunda traiçoeira, quando circulava na sua motorizada eléctrica, deixando em estado de choque todos os que com ele conviveram. O primeiro comentário das mais variadas origens foi “perdemos um homem bom”.
Um ser humano de uma simplicidade e cordialidade notáveis, com uma visão e experiência de vida ao serviço do restauro de móveis antigos, que lhe permitiu dedicar o seu tempo livre ao empenhamento social dando uma colaboração de relevo e sempre benévola ao Museu do Ciclismo de Caldas da Rainha, onde desempenhava todas as tarefas de montagem e manutenção de exposições sempre que o seu director Mário Lino o chamava a colaborar, numa relação que o entusiasmava, onde punha o seu saber e a sua generosidade sempre em destaque com uma vitalidade inusitada.
Gerou no Museu do Ciclismo ao longo dos anos um sentimento de proximidade, mesmo se a sua modéstia não deixasse transparecer que ali se sentia em sua casa onde dizia “aqui há sempre caminhos novos a percorrer”.
Homem de fazer amigos e preocupado com o Museu do Ciclismo e com a sua “cidade do coração” que foi Caldas da Rainha que sempre projectou nas inúmeras deslocações que fez pelo País.
Amigo, colaborador atento e dedicado, Homem prático e “Fotógrafo Amador” ganhou o respeito de todos.
Caldas da Rainha e o Museu do Ciclismo perdem um Homem Bom e disponível, que nos deixa bruscamente e de quem guardaremos para sempre um profundo respeito e uma enorme saudade.
À Família enlutada, endereçamos os nossos sentidos Pêsames e a nossa incondicional solidariedade neste momento de dor.

António Marques

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