Na edição de 2 de Janeiro da Gazeta das Caldas, a jornalista Natacha Narciso, num artigo intitulado “Parque D. Carlos I sem iluminação e sem manutenção”, escreve na parte final do seu texto, “Actualmente, o Parque D. Carlos I possui seis gansos do Canadá…” e cita a Administração do CHO (Centro Hospitalar do Oeste), até aqui responsável pelo parque, “deixados no lago por alguém desconhecido, que não solicitou ao CHO autorização para tal”.
O CHO não precisa de procurar culpados. Se quer responsáveis eles são estrangeiros e indocumentados. São os “Branta canadensis”, gansos do Canadá, que entraram clandestinamente em Portugal. Podem portanto, os responsáveis do CHO, apresentar queixa no SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras).
Por acaso tive a oportunidade de os ver chegar ao lago do nosso Parque, no dia 3 de Setembro de 2014, e acompanhei o voo que fizeram antes de fazerem uma bela aterragem. Infelizmente perdi-me com a beleza do momento e não o registei em foto no telemóvel.
Há muito que é sabido a falta de sensibilidade e cultura dos responsáveis pela administração do nosso património.
Não sou nenhum expert na matéria, mas é fácil na internet, no site “aves de Portugal” , saber que esta ave faz várias visitas a Portugal, aí registadas desde 1997, e a última é de 26 de Julho de 2014, ou seja pouco mais de dois meses antes de aparecerem nas Caldas. Pode até dar-se o caso de serem os mesmos ou uma parte do seu bando, que decidiu parar por aqui para incómodo dos administradores do CHO, mas de certeza para delícia dos caldenses e especialmente das crianças.
Em vez de mostrarem satisfação por o parque se ter enriquecido com novas espécies na sua fauna, procuram responsáveis.
Porque será ?
Deve ser por este, e outros comportamentos, que nesta cidade se houve com frequência “Que o Sá não é de Cá… nem nunca Será… e nós não o queremos Cá !”.