Otimismo e pessimismo

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José Luiz Almeida Silva

Em tempos complicados como aqueles que estamos a viver, que pela primeira vez atingem o mundo inteiro, mesmo que de formas diferentes, é bom momento para refletir sobre o tipo de reação que produzem. A forma como cada um reage é bastante diferente e muitas vezes é função da sua condição económica, social ou cultural, ou da proximidade com o problema, mas, desta vez as eventuais vítimas cobrem todo o espectro da sociedade, como ocorreu agora em Viseu, atingindo também os responsáveis de topo.
Mesmo assim, e ouvindo, por exemplo, aqueles “sintomáticos” programas matinais de audição dos ouvintes, estabelecem-se duas tendências maiores, que representam a generalidade do sentir população, e encontramos as opiniões mais díspares, muitas ficando distantes do saber científico validado e mais próximas das “ideias feitas” do pensamento comum e simplista.
Sem enquadramento e verificação, estas informações repetidas à saciedade, criam “verdades“ ilusórias que se espalham facilmente iludindo o público. Se devemos ser pessimistas no curto prazo, de forma que esse pessimismo permita ter um pensamento crítico que ajude a enfrentar desafios e ameaças e transformá-los em oportunidades, também devemos manter uma atitude de otimismo no longo prazo, acreditado que a sensatez e a inteligência do HOMEM (palavra utilizada em sentido genérico incluindo a MULHER), encontrará as soluções desejáveis.
Uma população mais formada científica e responsavelmente, numa sociedade mais transparente e com níveis de participação e exigência maior, que consiga afastar e desmistificar as mentiras e ilusões propaladas por vários meios, como o vulgo das redes sociais, permitirá mais facilmente ultrapassar os principais escolhos, incluindo o facilitismo das soluções dos populismos e populistas. ■