Sérgio Félix
Gestor e formador
Em 1915 Albert Einstein publicou a teoria geral da relatividade, que veio revolucionar a ciência, a compreensão do nosso mundo e universo como o conhecíamos até então. Desde aí obtivemos inúmeros avanços na ciência e na sociedade.
Permitam-me assim iniciar, este primeiro artigo, com uma analogia simplificada ao conceito de tempo. Segundo Einstein, quanto mais rápido se move um objeto, mais lento passa o tempo para ele em relação a um observador parado, o tempo não é absoluto.
Será assim o tempo, também relativo, para as empresas?
De acordo com a Pordata, as micro e pequenas empresas caracterizam o tecido empresarial português e também a Região Oeste. Representam 95,9% do total de empresas. Estas são as que menos aplicam apoios públicos ao seu crescimento, privilegiando o seu desenvolvimento com recursos financeiros próprios ou recorrendo ao crédito, o que ainda as fragiliza mais.
Neste sentido, se as empresas aproveitarem os apoios comunitários, do Portugal 2030, para aumentar a sua velocidade de transformação e adaptação aos seus desafios estratégicos de competitividade, poderão ganhar tempo em relação aos concorrentes que não utilizam estes mecanismos. As empresas podem assim antecipar tendências, responder às necessidades dos seus clientes, explorar novos mercados e oportunidades de negócio em menos tempo, e com ganhos bastante superiores.
Como poderão as empresas do Oeste ganhar tempo, ou recuperá-lo? Deixo-vos 5 sugestões/desafios:
Universidades, Institutos Politécnicos, Centros Tecnológicos, Escolas Profissionais, são essenciais a processos de I&D;
Digitalização: continua a ser um conceito por desmistificar. Se, atualmente, já é uma premissa obrigatória as empresas digitalizarem os seus negócios ao máximo, nos próximos anos será uma prioridade, com o avanço, das soluções de inteligência artificial;
Formação contínua nas empresas: a aprendizagem é por vezes deixada em segundo plano por falta de tempo, mas a sua não aquisição leva as organizações a baixos níveis de competitividade;
Candidaturas a sistemas de incentivos;
Aproximação às associações empresariais: saliento o apoio direto que a AIRO tem dado às empresas na Região Oeste. O associativismo faz sentido!
A região Oeste é uma região virtuosa, temos atualmente empresas desde o sector primário à indústria, serviços e tecnologia de referência e relevância mundial. Empresas que têm ganho tempo face às suas concorrentes ao nível mundial.
Para sermos mais competitivos precisamos de ser mais, a ganhar Tempo. ■